DEU EM O GLOBO
"Acho isso errado. Extrapola o limite do estado de direito democrático", afirma ex-presidente sobre seu sucessor
BELÉM, SÃO PAULO e RIO. Em entrevista ao site “Rede Mobiliza”, que reúne voluntários tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que ele se transformou em “chefe de uma facção”. Ele condenou a postura do presidente Lula, por sua interferência no processo eleitoral: — Vejo um presidente que virou militante, virou chefe de uma facção — disse Fernando Henrique. — Acho isso errado.
Extrapola o limite do estado de direito democrático.
FH sobre novo escândalo: “É o mensalão de novo”
"Acho isso errado. Extrapola o limite do estado de direito democrático", afirma ex-presidente sobre seu sucessor
BELÉM, SÃO PAULO e RIO. Em entrevista ao site “Rede Mobiliza”, que reúne voluntários tucanos, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que ele se transformou em “chefe de uma facção”. Ele condenou a postura do presidente Lula, por sua interferência no processo eleitoral: — Vejo um presidente que virou militante, virou chefe de uma facção — disse Fernando Henrique. — Acho isso errado.
Extrapola o limite do estado de direito democrático.
FH sobre novo escândalo: “É o mensalão de novo”
Fernando Henrique chegou a citar o exemplo do ditador fascista Benito Mussolini, embora tenha frisado que não o estava comparando a Lula: — Vi um filme sobre Mussolini, fiquei horrorizado. O Mussolini tinha quase unanimidade.
Todo mundo estava do lado dele. Faltou quem freasse o Mussolini. Claro que o Lula não tem nada a ver com Mussolini.
Mas, no estilo, dizer “eu sou tudo”, não pode.
Sobre a campanha de Serra, frisou a importância de traduzir os últimos acontecimentos políticos para o eleitor: — Se falar sigilo fiscal, pouca gente vai entender. Mas se disser: “Você acharia bom que alguém pegasse sua carteira de trabalho para saber quanto você ganha?” Tem de mostrar em termos diretos o que significa.
Também mencionou o caso envolvendo a chefe da Casa Civil, Erenice Guerra: — O povo também entende o que é ter alguém no Palácio do Planalto, na sala ao lado do presidente, tramando para beneficiar uma empresa. É o mensalão de novo.
Já o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, evitou ontem em Belém comentar as denúncias de tráfico de influência no governo federal e a declaração do presidente Lula, de que o DEM, aliado dos tucanos, deveria ser extirpado da política.
O tucano teria sido orientado pelo comando de sua campanha a não assumir o papel de porta-voz de ataques contra o governo e a candidata petista, Dilma Rousseff. Esse comportamento agressivo poderia desagradar ao eleitorado.
“Não vou entrar em ti-ti-ti eleitoral”, diz Serra
Todo mundo estava do lado dele. Faltou quem freasse o Mussolini. Claro que o Lula não tem nada a ver com Mussolini.
Mas, no estilo, dizer “eu sou tudo”, não pode.
Sobre a campanha de Serra, frisou a importância de traduzir os últimos acontecimentos políticos para o eleitor: — Se falar sigilo fiscal, pouca gente vai entender. Mas se disser: “Você acharia bom que alguém pegasse sua carteira de trabalho para saber quanto você ganha?” Tem de mostrar em termos diretos o que significa.
Também mencionou o caso envolvendo a chefe da Casa Civil, Erenice Guerra: — O povo também entende o que é ter alguém no Palácio do Planalto, na sala ao lado do presidente, tramando para beneficiar uma empresa. É o mensalão de novo.
Já o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, evitou ontem em Belém comentar as denúncias de tráfico de influência no governo federal e a declaração do presidente Lula, de que o DEM, aliado dos tucanos, deveria ser extirpado da política.
O tucano teria sido orientado pelo comando de sua campanha a não assumir o papel de porta-voz de ataques contra o governo e a candidata petista, Dilma Rousseff. Esse comportamento agressivo poderia desagradar ao eleitorado.
“Não vou entrar em ti-ti-ti eleitoral”, diz Serra
A preocupação entre os tucanos aumentou durante o debate entre os presidenciáveis, no último domingo, quando Dilma disse que Serra passará para a História como um “caluniador”: — Eu queria fazer só uma fala nacional, e depois a gente vê outras perguntas. Quero falar de coisas positivas, eu não posso virar cronista disso (denúncias) — disse ele, durante rápida passagem pelo aeroporto de Belém, de onde partiu para Altamira, onde realizou comício à noite.
Perguntado sobre a declaração de Lula, que atacou fortemente o DEM durante comício de Dilma em Santa Catarina, Serra evitou comentários, mesmo de defesa do aliado.
— Eu não vou entrar em tititi eleitoral.
Perguntado sobre a declaração de Lula, que atacou fortemente o DEM durante comício de Dilma em Santa Catarina, Serra evitou comentários, mesmo de defesa do aliado.
— Eu não vou entrar em tititi eleitoral.
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