DEU EM O GLOBO
Valter Cardeal foi eleito presidente do conselho da empresa que vai construir a usina orçada em R$ 19 bilhões
BRASÍLIA. Valter Luiz Cardeal de Souza é um homem poderoso no setor elétrico. Braço direito da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em sua trajetória como gestora na área energética, ele está à frente de um dos maiores projetos de infraestrutura do país: a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em julho, Cardeal foi eleito presidente do Conselho de Administração da Norte Energia S.A., empresa que vai construir e operar a usina orçada em R$ 19 bilhões, valor tido como conservador pelo setor privado e que poderá chegar a R$ 25 bilhões.
Cardeal é atualmente diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, empresa que, inclusive, já presidiu interinamente. Ele é também presidente do Conselho de Administração de duas empresas vinculadas ao sistema Eletrobras: a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., responsável pela geração e transmissão de energia na Região Sul e em Mato Grosso do Sul, e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária que opera termelétricas no Rio Grande do Sul.
O currículo de Cardeal no setor elétrico inclui ainda passagens pela presidência do Conselho de Administração de outras duas gigantes do setor: Furnas e Eletronorte. Não à toa que um empresário da área resumiu ao GLOBO, em julho, logo após a escolha de Cardeal para presidir o Conselho de Administração da Norte Energia, qual será o papel dele à frente do terceiro maior empreendimento hidrelétrico do planeta: — A diretoria executiva faz o que o conselho determina.
Cardeal será o olho do dono na empresa, por quem passarão todas as diretrizes de Belo Monte —disse o empresário.
Em sua página na internet, a Eletrobras dá detalhes da bagagem profissional de Cardeal.
Ele é formado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Já atua no setor elétrico há 32 anos.
Cardeal é funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE) desde 1971, onde ocupou, entre outros cargos, o de diretor das áreas de geração, transmissão e distribuição de energia.
Quando Dilma Rousseff foi secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, durante o governo de Olívio Dutra (PT), de 1999 a 2002, Cardeal era diretor da CEEE. Após assumir o Ministério de Minas e Energia em 2003, Dilma trouxe o técnico para o governo federal.
Dilma deixou o Ministério de Minas e Energia em junho de 2005, no auge do escândalo do mensalão, para assumir a Casa Civil — de onde havia sido demitido o então ministro José Dirceu.
O consórcio Norte Energia tem a seguinte composição: Eletronorte com 19,98%; Eletrobras e Chesf com 15% cada; Fundação Petrobras de Seguridade Social e Participações Bolzano com 10% cada; Gaia Energia e Participações com 9%; Caixa Fundo de Investimento em Participações Cevix com 5%; Construtora Queiroz Galvão e OAS, com 2,51% cada; Fundação dos Economiários Federais com 2,5%; Contern, Cetenco Engenharia, Galvão Engenharia, Mendes Júnior Trading e Engenharia e ServengCivilsan S.A. Empresas Associadas de Engenharia com 1,25% cada; Siderúrgica Norte Brasil e J. Malucelli Construtora de Obras com 1% cada, e J. Malucelli Energia com 0,25%.
Valter Cardeal foi eleito presidente do conselho da empresa que vai construir a usina orçada em R$ 19 bilhões
BRASÍLIA. Valter Luiz Cardeal de Souza é um homem poderoso no setor elétrico. Braço direito da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, em sua trajetória como gestora na área energética, ele está à frente de um dos maiores projetos de infraestrutura do país: a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em julho, Cardeal foi eleito presidente do Conselho de Administração da Norte Energia S.A., empresa que vai construir e operar a usina orçada em R$ 19 bilhões, valor tido como conservador pelo setor privado e que poderá chegar a R$ 25 bilhões.
Cardeal é atualmente diretor de Planejamento e Engenharia da Eletrobras, empresa que, inclusive, já presidiu interinamente. Ele é também presidente do Conselho de Administração de duas empresas vinculadas ao sistema Eletrobras: a Eletrosul Centrais Elétricas S.A., responsável pela geração e transmissão de energia na Região Sul e em Mato Grosso do Sul, e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), subsidiária que opera termelétricas no Rio Grande do Sul.
O currículo de Cardeal no setor elétrico inclui ainda passagens pela presidência do Conselho de Administração de outras duas gigantes do setor: Furnas e Eletronorte. Não à toa que um empresário da área resumiu ao GLOBO, em julho, logo após a escolha de Cardeal para presidir o Conselho de Administração da Norte Energia, qual será o papel dele à frente do terceiro maior empreendimento hidrelétrico do planeta: — A diretoria executiva faz o que o conselho determina.
Cardeal será o olho do dono na empresa, por quem passarão todas as diretrizes de Belo Monte —disse o empresário.
Em sua página na internet, a Eletrobras dá detalhes da bagagem profissional de Cardeal.
Ele é formado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. Já atua no setor elétrico há 32 anos.
Cardeal é funcionário da Companhia Estadual de Energia Elétrica do Rio Grande do Sul (CEEE) desde 1971, onde ocupou, entre outros cargos, o de diretor das áreas de geração, transmissão e distribuição de energia.
Quando Dilma Rousseff foi secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, durante o governo de Olívio Dutra (PT), de 1999 a 2002, Cardeal era diretor da CEEE. Após assumir o Ministério de Minas e Energia em 2003, Dilma trouxe o técnico para o governo federal.
Dilma deixou o Ministério de Minas e Energia em junho de 2005, no auge do escândalo do mensalão, para assumir a Casa Civil — de onde havia sido demitido o então ministro José Dirceu.
O consórcio Norte Energia tem a seguinte composição: Eletronorte com 19,98%; Eletrobras e Chesf com 15% cada; Fundação Petrobras de Seguridade Social e Participações Bolzano com 10% cada; Gaia Energia e Participações com 9%; Caixa Fundo de Investimento em Participações Cevix com 5%; Construtora Queiroz Galvão e OAS, com 2,51% cada; Fundação dos Economiários Federais com 2,5%; Contern, Cetenco Engenharia, Galvão Engenharia, Mendes Júnior Trading e Engenharia e ServengCivilsan S.A. Empresas Associadas de Engenharia com 1,25% cada; Siderúrgica Norte Brasil e J. Malucelli Construtora de Obras com 1% cada, e J. Malucelli Energia com 0,25%.
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