DEU EM O GLOBO
Petista afirma que instituição alemã errou ao dar empréstimo e que há uma central de boatos contra sua candidatura
Wagner Gomes
SÃO PAULO. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reagiu ontem à denúncia contra um de seus aliados e culpou o banco alemão Kreditanstalt fur Wiederaufbau (KfW) por conceder um “empréstimo ilegal” a uma subsidiária da Eletrobras. Dilma disse que o banco, que já demitiu o funcionário responsável pela negociação, está querendo se beneficiar da questão.
— Eu acho bom que na campanha eleitoral a gente mude as fofocas. Quem está falando isso está beneficiando o banco.
O KfW errou. O banco fez e aceitou um empréstimo com aval ilegal e agora está querendo ganhar essa questão — disse Dilma, logo após visitar o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Controlado pelo governo alemão, o KfW emprestou 157 milhões de euros a duas empresas brasileiras (Winimport e Hamburgo) para a construção de usinas de biomassa no Sul do Brasil, mas nem todas as obras saíram do papel, segundo reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Época”. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), presidida por Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma no setor elétrico e diretor da Eletrobras, foi a fiadora do empréstimo, o que vai contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
— O que o banco está fazendo é chorando — afirmou Dilma ontem.
KfW afirma que Cardeal sabia de garantia ilegal O banco alemão de desenvolvimento ingressou com uma ação de danos materiais e morais na 10 aVara Cível de Porto Alegre pedindo indenização à CGTEE. De acordo com o KfW, havia evidências de que Cardeal sabia das garantias ilegais. De acordo com a revista, em 2007, Cardeal também foi denunciado pelo Ministério Público Federal por gestão fraudulenta e desvio de recursos com base em uma operação (Navalha) da Polícia Federal, que investigou irregularidades em obras públicas.
Sob a proteção de Dilma, no entanto, ele teria se mantido firme no governo, assumindo a presidência do Conselho de Administração da Eletronorte e de Furnas. No documento, o banco afirma que até mesmo alguns políticos, como Dilma Rousseff, tinham conhecimento da fraude em torno das garantias exigidas para o empréstimo.
Petista afirma que instituição alemã errou ao dar empréstimo e que há uma central de boatos contra sua candidatura
Wagner Gomes
SÃO PAULO. A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, reagiu ontem à denúncia contra um de seus aliados e culpou o banco alemão Kreditanstalt fur Wiederaufbau (KfW) por conceder um “empréstimo ilegal” a uma subsidiária da Eletrobras. Dilma disse que o banco, que já demitiu o funcionário responsável pela negociação, está querendo se beneficiar da questão.
— Eu acho bom que na campanha eleitoral a gente mude as fofocas. Quem está falando isso está beneficiando o banco.
O KfW errou. O banco fez e aceitou um empréstimo com aval ilegal e agora está querendo ganhar essa questão — disse Dilma, logo após visitar o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Controlado pelo governo alemão, o KfW emprestou 157 milhões de euros a duas empresas brasileiras (Winimport e Hamburgo) para a construção de usinas de biomassa no Sul do Brasil, mas nem todas as obras saíram do papel, segundo reportagem publicada neste fim de semana pela revista “Época”. A Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), presidida por Valter Cardeal, homem de confiança de Dilma no setor elétrico e diretor da Eletrobras, foi a fiadora do empréstimo, o que vai contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
— O que o banco está fazendo é chorando — afirmou Dilma ontem.
KfW afirma que Cardeal sabia de garantia ilegal O banco alemão de desenvolvimento ingressou com uma ação de danos materiais e morais na 10 aVara Cível de Porto Alegre pedindo indenização à CGTEE. De acordo com o KfW, havia evidências de que Cardeal sabia das garantias ilegais. De acordo com a revista, em 2007, Cardeal também foi denunciado pelo Ministério Público Federal por gestão fraudulenta e desvio de recursos com base em uma operação (Navalha) da Polícia Federal, que investigou irregularidades em obras públicas.
Sob a proteção de Dilma, no entanto, ele teria se mantido firme no governo, assumindo a presidência do Conselho de Administração da Eletronorte e de Furnas. No documento, o banco afirma que até mesmo alguns políticos, como Dilma Rousseff, tinham conhecimento da fraude em torno das garantias exigidas para o empréstimo.
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