DEU NO JORNAL DO BRASIL (online)
Como aquela criança marrenta, rebelde,quequerporque quer, assim se apresentou a candidata Dilma Rousseff no bom formato do debate da Band. E pela primeira vez nesta campanha a petista se mostrou no seu estado natural – uma mulher brava, teimosa e de poucos amigos.
A depressão pela não vitória no primeiro turno ficou expressa na reação da candidata, que surpreende acusando o Serra, de estar fazendo uma campanha suja contra ela. Mas a Dilma não detalhou os fatos. Jogou no ventilador da dúvida. Será que ela quis se referir às recentes denúncias, como a de ser favorável ao aborto e as falcatruas na Casa Civil? Estas, na realidade, não partiram da oposição. No primeiro caso, a comprovação está nas entrevistas que ela mesma concedeu. Já no caso que envolveu a ex-ministra Erenice Guerra, se não fossem verdadeiras as denúncias apresentadas pela imprensa, ela não teria sido demitida.
Este fato respingou na Dilma, com consequência, nas urnas, porque, por sete anos, Erenice foi seu braço direito na Casa Civil. E por sua orientação, quando deixou o ministério, foi indicada para sucedê- la. Um fato novo surgiu, e talvez possa justificar a irritação de Dilma no debate da Band. A Folha de S. Paulo, em seu site do dia 11, divulgou informação de que a candidata petista teve um caso durante 15 anos com uma ex-empregada, e que esta entrou na justiça exigindo uma indenização. Talvez por isso Dilma tenha se insurgiu contra o candidato José Serra, no decorrer do evento, como se fosse o responsável por esta suposta calúnia. Na verdade, a Dilma não venceu no primeiro turno, porque tenha declarado sua posição a favor do aborto. Sua queda na preferência do eleitorado se deveu muito mais aos escândalos da Receita Federal, e da Casa Civil.
Mas este chilique talvez até estratégico da petista, insistindo em atacar seu concorrente, impediu que outros temas importantes fossem abordados, frustrando os milhares de telespectadores. Mesmo assim, num dos poucos temas abertos como das privatizações, José Serra poderia ser mais enfático, e valorizar este programa patrocinado em grande parte pelo governo FHC.
A retrógrada bandeira petista contra as privatizações não cola mais. E querer iludir o eleitorado dizendo que as estatais vendidas ao setor privado prejudicaram o povo e a economia brasileira é de uma inutilidade atroz. O Estado jamais foi capaz de administrar com eficiência as megaempresas, que sempre apresentavam prejuízos. E todas, sem distinção, eram na época uma fonte inesgotável de cabide de empregos, privilegiando os currais políticos.
A reação do eleitorado com esta nova faceta de campanha da Dilma, abandonando o paz e amor e partindo para o ataque, ainda é uma incógnita. O que ficou claro no primeiro turno é que uma parcela importante da população brasileira está mais do que atenta aos graves acontecimentos divulgados pela imprensa e que envolvem nossas instituições, particularmente no Executivo e no Legislativo. Não fosse isso, os mais de 100 milhões de eleitores que depositaram seus votos nas urnas no dia 3 de outubro teriam sacramentado a vitória de Dilma, logo no primeiro turno.
Como aquela criança marrenta, rebelde,quequerporque quer, assim se apresentou a candidata Dilma Rousseff no bom formato do debate da Band. E pela primeira vez nesta campanha a petista se mostrou no seu estado natural – uma mulher brava, teimosa e de poucos amigos.
A depressão pela não vitória no primeiro turno ficou expressa na reação da candidata, que surpreende acusando o Serra, de estar fazendo uma campanha suja contra ela. Mas a Dilma não detalhou os fatos. Jogou no ventilador da dúvida. Será que ela quis se referir às recentes denúncias, como a de ser favorável ao aborto e as falcatruas na Casa Civil? Estas, na realidade, não partiram da oposição. No primeiro caso, a comprovação está nas entrevistas que ela mesma concedeu. Já no caso que envolveu a ex-ministra Erenice Guerra, se não fossem verdadeiras as denúncias apresentadas pela imprensa, ela não teria sido demitida.
Este fato respingou na Dilma, com consequência, nas urnas, porque, por sete anos, Erenice foi seu braço direito na Casa Civil. E por sua orientação, quando deixou o ministério, foi indicada para sucedê- la. Um fato novo surgiu, e talvez possa justificar a irritação de Dilma no debate da Band. A Folha de S. Paulo, em seu site do dia 11, divulgou informação de que a candidata petista teve um caso durante 15 anos com uma ex-empregada, e que esta entrou na justiça exigindo uma indenização. Talvez por isso Dilma tenha se insurgiu contra o candidato José Serra, no decorrer do evento, como se fosse o responsável por esta suposta calúnia. Na verdade, a Dilma não venceu no primeiro turno, porque tenha declarado sua posição a favor do aborto. Sua queda na preferência do eleitorado se deveu muito mais aos escândalos da Receita Federal, e da Casa Civil.
Mas este chilique talvez até estratégico da petista, insistindo em atacar seu concorrente, impediu que outros temas importantes fossem abordados, frustrando os milhares de telespectadores. Mesmo assim, num dos poucos temas abertos como das privatizações, José Serra poderia ser mais enfático, e valorizar este programa patrocinado em grande parte pelo governo FHC.
A retrógrada bandeira petista contra as privatizações não cola mais. E querer iludir o eleitorado dizendo que as estatais vendidas ao setor privado prejudicaram o povo e a economia brasileira é de uma inutilidade atroz. O Estado jamais foi capaz de administrar com eficiência as megaempresas, que sempre apresentavam prejuízos. E todas, sem distinção, eram na época uma fonte inesgotável de cabide de empregos, privilegiando os currais políticos.
A reação do eleitorado com esta nova faceta de campanha da Dilma, abandonando o paz e amor e partindo para o ataque, ainda é uma incógnita. O que ficou claro no primeiro turno é que uma parcela importante da população brasileira está mais do que atenta aos graves acontecimentos divulgados pela imprensa e que envolvem nossas instituições, particularmente no Executivo e no Legislativo. Não fosse isso, os mais de 100 milhões de eleitores que depositaram seus votos nas urnas no dia 3 de outubro teriam sacramentado a vitória de Dilma, logo no primeiro turno.
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