DEU EM O GLOBO
Estratégia de serristas no Estado do Rio é colar imagem de Dilma a temas polêmicos
Cássio Bruno
A campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) anunciou ontem, no Rio, em encontro com cerca de 500 líderes políticos e comunitários que, nas próximas semanas, vai colar a imagem da adversária Dilma Rousseff (PT) a propostas polêmicas da terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Na reunião, organizada pelo vice na chapa de Serra, Indio da Costa (DEM), no Tijuca Tênis Clube, coube ao deputado federal Arolde de Oliveira (DEM), fiel da Igreja Batista, divulgar a estratégia da oposição para o segundo turno no estado e atacar Dilma sobre questões envolvendo religião e aborto. Já Indio, em tom conciliador, apelou para que a classe média não viaje no feriadão de Finados, em 2 de novembro: — Peçam para a classe média ficar aqui (no Rio) porque votar em Serra se trata de garantir as nossas liberdades de expressão, de imprensa e de culto. Com tanta corrupção no Brasil e uma imprensa livre, já imaginou se amordaçarem a imprensa brasileira? Não queremos transformar o país na Venezuela — disse Indio.
O candidato a vice na chapa de Serra pregou a parceria com o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB), sem citá-lo, caso o tucano seja eleito. Entre as promessas feitas para o Rio, está a criação do Ministério da Segurança, com apoio e expansão das UPPs, bandeira de Cabral adotada por Dilma.
— Ninguém vai governar olhando para trás e para as carteirinhas de filiação partidária — ressaltou Indio, dizendo que a população não conhece as propostas de Dilma e que ela “conta uma lorota aqui, outra lorota ali”.
Já Arolde de Oliveira criticou o risco de “ditadura do Estado” com o PNDH-3: — Ali estão previstas agressões à democracia.
É uma série de projetos que contrariam nossas vocações democráticas, que desconstroem as instituições brasileiras e, principalmente, contrariam, agridem e desmontam os princípios cristãos sobre os quais o Brasil, desde o Descobrimento, tem montado suas tradições. Eles querem fazer a ditadura do Estado — discursou Oliveira.
A intenção dos aliados de Serra é convencer os eleitores, principalmente os evangélicos, de que, com Dilma, o PNDH-3 será aprovado e, assim, temas como aborto e direitos reivindicados por gays serão legitimados.
Estratégia de serristas no Estado do Rio é colar imagem de Dilma a temas polêmicos
Cássio Bruno
A campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) anunciou ontem, no Rio, em encontro com cerca de 500 líderes políticos e comunitários que, nas próximas semanas, vai colar a imagem da adversária Dilma Rousseff (PT) a propostas polêmicas da terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Na reunião, organizada pelo vice na chapa de Serra, Indio da Costa (DEM), no Tijuca Tênis Clube, coube ao deputado federal Arolde de Oliveira (DEM), fiel da Igreja Batista, divulgar a estratégia da oposição para o segundo turno no estado e atacar Dilma sobre questões envolvendo religião e aborto. Já Indio, em tom conciliador, apelou para que a classe média não viaje no feriadão de Finados, em 2 de novembro: — Peçam para a classe média ficar aqui (no Rio) porque votar em Serra se trata de garantir as nossas liberdades de expressão, de imprensa e de culto. Com tanta corrupção no Brasil e uma imprensa livre, já imaginou se amordaçarem a imprensa brasileira? Não queremos transformar o país na Venezuela — disse Indio.
O candidato a vice na chapa de Serra pregou a parceria com o governador reeleito Sérgio Cabral (PMDB), sem citá-lo, caso o tucano seja eleito. Entre as promessas feitas para o Rio, está a criação do Ministério da Segurança, com apoio e expansão das UPPs, bandeira de Cabral adotada por Dilma.
— Ninguém vai governar olhando para trás e para as carteirinhas de filiação partidária — ressaltou Indio, dizendo que a população não conhece as propostas de Dilma e que ela “conta uma lorota aqui, outra lorota ali”.
Já Arolde de Oliveira criticou o risco de “ditadura do Estado” com o PNDH-3: — Ali estão previstas agressões à democracia.
É uma série de projetos que contrariam nossas vocações democráticas, que desconstroem as instituições brasileiras e, principalmente, contrariam, agridem e desmontam os princípios cristãos sobre os quais o Brasil, desde o Descobrimento, tem montado suas tradições. Eles querem fazer a ditadura do Estado — discursou Oliveira.
A intenção dos aliados de Serra é convencer os eleitores, principalmente os evangélicos, de que, com Dilma, o PNDH-3 será aprovado e, assim, temas como aborto e direitos reivindicados por gays serão legitimados.
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