DEU NO JORNAL DO BRASIL (online)
Assisti, domingo, por dever de ofício, a todo o áspero debate de duas horas pela TV Bandeirantes entre os candidatos Dilma Rousseff e José Serra, com a troca de insinuações, denúncias, ferroadas, no estilo de bate-boca de fim de feira livre, no avanço às xepas que engambelam a fome dos pobres. Dilma e Serra partiram para o tudo ou nada. Em tácito acordo pouparam o presidente Lula, que anda sumido para escapar das pedradas da oposição.
Talvez os próximos debates da todo-poderosa TV Globo e da Record aproveitem os ensinamentos do ringue da Bandeirantes.
E não há maior dificuldade em reconhecer que o engessamento do debate em fatias minúsculas de dois, três minutos sufoca a naturalidade da conversa em todos os tons. Dilma e Serra buscaram atingir os pontos fracos do adversário.
Mas erraram o alvo. Serra não explorou a marcação cerrada de Lula contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que deve interessar a poucos alcoviteiros e deixa na maioria a constrangedora impressão de despeito. Ora, FHC depois de receber Lula e a esposa, dona Maria Letícia, no Palácio do Planalto, que retribuiu a gentileza com o convite ao casal para um jantar, viajou para a Europa, onde fatura em dólares por cursos e palestras em diversos países. Vem ao Brasil poucas vezes e por alguns dias.
Nesta campanha, FHC anunciou seu apoio óbvio ao candidato José Serra. Há uma escorregadela ética no ódio que Lula cultiva pelo seu antecessor. O mais popular presidente de todos os tempos, que passa metade do ano viajando pelo mundo sem gastar um centavo, não se satisfaz com a popularidade recordista e que ignora as muitas falhas da indispensável rotina.
O presidente Getulio Vargas foi um trabalhador que varava as madrugadas despachando o “volumoso expediente”.
Pois, governar é também despachar processos.
Uma tarefa indelegável. Lula não lê nem folheia um processo. A leitura provoca-lhe azia e enjoo.
Assisti, domingo, por dever de ofício, a todo o áspero debate de duas horas pela TV Bandeirantes entre os candidatos Dilma Rousseff e José Serra, com a troca de insinuações, denúncias, ferroadas, no estilo de bate-boca de fim de feira livre, no avanço às xepas que engambelam a fome dos pobres. Dilma e Serra partiram para o tudo ou nada. Em tácito acordo pouparam o presidente Lula, que anda sumido para escapar das pedradas da oposição.
Talvez os próximos debates da todo-poderosa TV Globo e da Record aproveitem os ensinamentos do ringue da Bandeirantes.
E não há maior dificuldade em reconhecer que o engessamento do debate em fatias minúsculas de dois, três minutos sufoca a naturalidade da conversa em todos os tons. Dilma e Serra buscaram atingir os pontos fracos do adversário.
Mas erraram o alvo. Serra não explorou a marcação cerrada de Lula contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que deve interessar a poucos alcoviteiros e deixa na maioria a constrangedora impressão de despeito. Ora, FHC depois de receber Lula e a esposa, dona Maria Letícia, no Palácio do Planalto, que retribuiu a gentileza com o convite ao casal para um jantar, viajou para a Europa, onde fatura em dólares por cursos e palestras em diversos países. Vem ao Brasil poucas vezes e por alguns dias.
Nesta campanha, FHC anunciou seu apoio óbvio ao candidato José Serra. Há uma escorregadela ética no ódio que Lula cultiva pelo seu antecessor. O mais popular presidente de todos os tempos, que passa metade do ano viajando pelo mundo sem gastar um centavo, não se satisfaz com a popularidade recordista e que ignora as muitas falhas da indispensável rotina.
O presidente Getulio Vargas foi um trabalhador que varava as madrugadas despachando o “volumoso expediente”.
Pois, governar é também despachar processos.
Uma tarefa indelegável. Lula não lê nem folheia um processo. A leitura provoca-lhe azia e enjoo.
Mas não o incomoda nas viagens da sua permanente campanha. Cada vez passa menos tempo no seu gabinete para assinar os despachos, sem acrescentar uma linha.
Nesta reta final, com a série de debates entre Dilma e Serra, anunciados pelas redes de TV, Lula não tem como participar.
Mas vai à forra, com pesadas declarações contra o candidato José Serra.
A acreana Marina Silva, presidente do Partido Verde, não apoiará a Dilma, que a perseguiu como ministra do Meio Ambiente. E os seus 20 milhões de votos no primeiro turno e que levaram à nova campanha para a decisão nas urnas de 31 de outubro, apesar do favoritismo da Dilma, não são favas contadas.
Esta semana, tive o privilégio de uma conversa telefônica com o ex-presidente e atual senador eleito Itamar Franco. Lavei a alma com o amigo de muitos anos e que é um homem de bem. Trocamos as nossas preocupações com a crise ética e moral que atinge os três poderes, em especial o pior Congresso de todos os tempos e que deve ceder a coroa ao próximo, a julgar pelo desfile de candidatos no abominável horário de propaganda eleitoral.
Aprendi o truque. Nas próximas recaídas no porão do vexame pelo desprestígio da minha profissão, telefonarei para o senador Itamar Franco, um homem de bem.
Nesta reta final, com a série de debates entre Dilma e Serra, anunciados pelas redes de TV, Lula não tem como participar.
Mas vai à forra, com pesadas declarações contra o candidato José Serra.
A acreana Marina Silva, presidente do Partido Verde, não apoiará a Dilma, que a perseguiu como ministra do Meio Ambiente. E os seus 20 milhões de votos no primeiro turno e que levaram à nova campanha para a decisão nas urnas de 31 de outubro, apesar do favoritismo da Dilma, não são favas contadas.
Esta semana, tive o privilégio de uma conversa telefônica com o ex-presidente e atual senador eleito Itamar Franco. Lavei a alma com o amigo de muitos anos e que é um homem de bem. Trocamos as nossas preocupações com a crise ética e moral que atinge os três poderes, em especial o pior Congresso de todos os tempos e que deve ceder a coroa ao próximo, a julgar pelo desfile de candidatos no abominável horário de propaganda eleitoral.
Aprendi o truque. Nas próximas recaídas no porão do vexame pelo desprestígio da minha profissão, telefonarei para o senador Itamar Franco, um homem de bem.
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