DEU EM O GLOBO
Em conversa no avião, Aécio e Tasso, com Guerra, defendem também Serra ouça mais aliados regionais
Adriana Vasconcelos e Cristiane Jungblut
Em conversa no avião, Aécio e Tasso, com Guerra, defendem também Serra ouça mais aliados regionais
Adriana Vasconcelos e Cristiane Jungblut
BRASÍLIA. A estratégia de resgatar, no segundo turno, o legado do governo Fernando Henrique e abrir espaço para as questões regionais defendidas pelos aliados foi reforçada em reunião entre o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), o ex-governador Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), no voo após o encontro de anteontem em Brasília. A vontade dos tucanos é que o presidenciável José Serra assuma, de fato, esse discurso, sem temer novo embate com o PT sobre as privatizações e sem renegar o passado.
Aécio e Tasso também sugeriram que todo o material de campanha seja produzido de acordo com recomendações e sugestões dos aliados nos estados, para garantir maior eficiência à propaganda. Embora não esteja prevista a substituição do marqueteiro Luiz Gonzalez, a expectativa é que tanto ele quanto Serra aceitem contribuições. O que foi conversado seria repassado ainda ontem ao candidato.
Ciente de que precisará de toda a ajuda possível para tentar reverter o quadro ainda favorável à candidata Dilma Rousseff (PT), Serra já teria tomado a iniciativa de convidar pessoalmente alguns dirigentes da oposição para ajudá-lo na organização da campanha de segundo turno, inclusive o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), com quem não se dá bem.
- Nosso esforço, neste momento, é fortalecer a campanha de Serra nos estados, assumindo compromissos específicos com cada região do país. Para isso, será fundamental a ajuda e a orientação de nossos aliados - afirmou Guerra.
O clima é de otimismo e o desafio é manter essa animação dos primeiros dias pós-primeiro turno.
Eles dizem que as pesquisas diárias, os chamados trackings, continuam positivas. A expectativa é que a vantagem de Dilma seja vencida a partir dos embates diretos entre os dois candidatos. A ideia é marcar as diferenças de biografia e experiência entre os dois, sem temer a comparação dos governos de Fernando Henrique e Lula ou temas polêmicos, como o aborto.
- Falar de aborto é um problema para o PT e a Dilma, não para nós - disse Guerra.
- Falar de aborto é um problema para o PT e a Dilma, não para nós - disse Guerra.
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