DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Aécio invoca a proporcionalidade na distribuição do poder e nega articulações com aliados e governistas para levá-lo ao comando da Casa
Christiane Samarco
BRASÍLIA - Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso.
No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.
"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento", afirmou Aécio.
Um dos que já defenderam publicamente o nome do ex-governador para o lugar do senador José Sarney foi o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB). Apesar desse movimento, o tucano insiste em que nunca conversou com nenhum senador sobre o assunto, nem mesmo para articular a presidência do PSDB ou a liderança do partido no Senado. "Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum."
A chamada "operação Aécio" garantiria a PSDB, DEM, PSB, PP e a PDT e PC do B - caso as duas legendas venham a se aliar ao grupo - uma expressiva quantidade de votos na Câmara e no Senado, ameaçando a parceria entre PMDB e PT para controlar as duas Casas.
"Pontes políticas". O tucano diz que seu maior objetivo é defender os interesses de Minas, o que o levará a construir "pontes políticas", até com setores do governo, que viabilizem reformas também do interesse do País.
A busca dessas pontes, no entanto, não vão impedir, segundo Aécio, que o PSDB faça uma oposição "vigorosa" ao governo Dilma, e não "generosa", expressão usada pelo ex-governador que chegou a provocar interpretação de que haveria um embate "suave". "Ao contrário. Faremos oposição com uma cobrança clara em relação aos compromissos e às promessas feitas pela candidata Dilma Rousseff.
Será uma oposição firme, mas responsável."
Aécio invoca a proporcionalidade na distribuição do poder e nega articulações com aliados e governistas para levá-lo ao comando da Casa
Christiane Samarco
BRASÍLIA - Sob o argumento de que sempre respeitou a proporcionalidade na distribuição do poder no Parlamento, o senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) disse ao Estado que em momento nenhum articulou com os partidos aliados e até mesmo da base governista o apoio à sua candidatura à presidência do Congresso.
No sábado, o Estado revelou que foi deflagrada uma ampla articulação política para que Aécio conquiste o comando do Senado, em operação bancada por PSDB e DEM, com o apoio informal de setores do PSB e do PP. A articulação contaria com a possível adesão de PDT e PC do B, que ajudaram a eleger Dilma Rousseff presidente. Em troca, o senador apoiaria esses parceiros na briga pelo controle da Câmara.
"Não postulo, não articulo, não disputo e não serei presidente do Congresso. É natural que a presidência do Senado caiba às forças majoritárias, o que não é o nosso caso. Quem pensa que estou articulando isto, ou não me conhece, ou não conhece o Congresso. Fui parlamentar por 16 anos e sempre defendi, e continuo defendendo, o respeito à proporcionalidade na ocupação dos espaços no Parlamento", afirmou Aécio.
Um dos que já defenderam publicamente o nome do ex-governador para o lugar do senador José Sarney foi o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB). Apesar desse movimento, o tucano insiste em que nunca conversou com nenhum senador sobre o assunto, nem mesmo para articular a presidência do PSDB ou a liderança do partido no Senado. "Minha participação nisso é zero, zero, zero. Não estou conversando com ninguém e não falei com um único senador sequer sobre presidência do Senado. Não postulo nada e não quero cargo algum."
A chamada "operação Aécio" garantiria a PSDB, DEM, PSB, PP e a PDT e PC do B - caso as duas legendas venham a se aliar ao grupo - uma expressiva quantidade de votos na Câmara e no Senado, ameaçando a parceria entre PMDB e PT para controlar as duas Casas.
"Pontes políticas". O tucano diz que seu maior objetivo é defender os interesses de Minas, o que o levará a construir "pontes políticas", até com setores do governo, que viabilizem reformas também do interesse do País.
A busca dessas pontes, no entanto, não vão impedir, segundo Aécio, que o PSDB faça uma oposição "vigorosa" ao governo Dilma, e não "generosa", expressão usada pelo ex-governador que chegou a provocar interpretação de que haveria um embate "suave". "Ao contrário. Faremos oposição com uma cobrança clara em relação aos compromissos e às promessas feitas pela candidata Dilma Rousseff.
Será uma oposição firme, mas responsável."
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