DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Presidente do PSDB apoia Fernando Henrique, que defendeu a definição do nome dois anos antes da eleição de 2014
Setores da legenda em São Paulo resistem à ideia por desejarem candidatura de Geraldo Alckmin em 2014
Catia Seabra
São Paulo
Sílvia Freire
Enviada especial a Maceió
Presidente do PSDB apoia Fernando Henrique, que defendeu a definição do nome dois anos antes da eleição de 2014
Setores da legenda em São Paulo resistem à ideia por desejarem candidatura de Geraldo Alckmin em 2014
Catia Seabra
São Paulo
Sílvia Freire
Enviada especial a Maceió
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso incitou discussão no PSDB ao defender a escolha de seu futuro candidato à Presidência dois anos antes da eleição. Em uma crítica velada ao candidato derrotado José Serra, FHC disse, em entrevista à Folha, que não "se pode ficar enrolando até o final".
A entrevista desagradou aliados de Serra, que só assumiu oficialmente a candidatura em março. FHC reconheceu ainda que o senador eleito Aécio Neves (MG) saiu fortalecido das eleições. Mas não existe candidato natural.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de sensata a proposta de FHC.
"Na minha opinião, devemos ir para a eleição municipal já com candidato à Presidência", diz. O líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), concorda.
A proposta encontra resistência em setores do PSDB de São Paulo que sonham com a candidatura de Geraldo Alckmin. À frente do governo do Estado, ele não poderia se candidatar dois anos antes do fim do mandato.
O deputado Edson Aparecido (SP) diz ter dúvidas sobre a proposta. "Acho que o desafio do PSDB é construir um discurso que o aproxime do eleitor. Se iniciarmos escolha agora, não poderemos nos dedicar à consolidação de nossas bandeiras."
Para o senador Álvaro Dias (PR), é prematura a escolha dois anos antes da eleição. Segundo ele, o mais importante é democratizar o processo interno de escolha. "A menos que não existam alternativas, é cedo demais."
As declarações de FHC provocaram desconforto entre os aliados de Serra, especialmente por conta das críticas à condução da comunicação da campanha.
FHC disse que não dará mais "endosso a um PSDB não defenda a sua história".
Procurada, a ala serrista do PSDB não se manifestou. O prefeito de São Paulo, o democrata Gilberto Kassab disse que Serra é um quadro importante para a oposição.
"Serra não deixará de ser referência para o país".
O governador reeleito de Alagoas, Teotonio Vilela Filho apoiou a posição de FHC.
"Acho que precisamos, no máximo até 2012, já ter o nosso candidato", disse.
Para ele, ainda é cedo para apontar possíveis candidatos e dizer se Serra é um deles.
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