DEU NO ESTADO DE MINAS
Pouco antes do anúncio da sua nova equipe, governador Antonio Anastasia troca comando da Saúde pressionado por técnicos da pasta, que defendiam permanência do atual secretário
Isabella Souto e Alice Maciel
Surpresa no anúncio do secretariado pelo governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB): poucas horas antes da divulgação dos nomes, um impasse em torno da Secretaria da Saúde gerou polêmica, reuniões às pressas e troca no comando. Até ontem pela manhã a pasta seria entregue ao deputado federal Alexandre Silveira (PPS), mas uma rebelião comandada pelo atual secretário de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques – também filiado ao PPS –, com o apoio dos técnicos da pasta, garantiu a ele a permanência no cargo. A solução para abrigar Silveira foi a criação da Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana.
A indicação de Silveira para a Saúde partiu do próprio PPS, legenda para a qual foi prometida a pasta. Com o apoio do PPS e com o título de quinto deputado federal mais votado em Minas Gerais, o parlamentar havia reivindicado a Secretaria de Transportes e Obras Públicas, setor em que já atuou na direção estadual e nacional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas Gerais. No entanto, a pasta foi entregue ao DEM – aliado tradicional do PSDB e que recebeu duas secretarias como recompensa por não ter feito parte da chapa que reelegeu Anastasia. A pasta de Transportes foi exigência do DEM.
“Como o PPS já estava na Saúde, acertamos então continuar com a pasta. O partido indicou o Alexandre Silveira, mas seu nome não foi bem aceito porque ele não é da área e não tem o perfil para assumir o cargo. Além disso, o Antônio Jorge se sentiu desprestigiado”, afirmou uma fonte do PPS. Pesou a favor do atual secretário o fato de ser da área, já ter experiência na área e o apoio do deputado federal Marcus Pestana (PSDB), ex-secretário da Saúde. As ameaças dos técnicos do setor eram de boicote a Silveira caso ele assumisse a pasta.
Antônio Jorge negou ter participado de qualquer ato contra a indicação de Alexandre Silveira. Segundo ele, Anastasia o convidou para comandar a Secretaria da Saúde ontem pela manhã. “Quem sou eu para fazer qualquer pressão sobre Anastasia, ainda contra um companheiro de partido”, acrescentou.
O deputado Alexandre Silveira também negou ontem ter tido desentendimentos com o colega e que tivesse recebido qualquer convite para a Saúde. O convite para comandar a Secretaria de Gestão Metropolitana, segundo ele, foi feito pelo governador Anastasia na noite de anteontem, e a resposta foi dada na manhã de ontem. “Os cargos de primeiro escalão são de livre nomeação do governador. Em nenhum momento houve pressão do partido ou minha”, assegurou o parlamentar, que já faz planos para atuação na pasta que será criada em janeiro.
De acordo com ele, sua base de atuação será o planejamento e articulação dos serviços essenciais nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Vale do Aço – sua base eleitoral. “Quem dá a dimensão para um cargo público é o secretário, com competência, trabalho e dedicação. Não me sinto menor por ter sido indicado para essa secretaria, mas honrado por fazer parte do governo Anastasia”, ponderou.
Pouco antes do anúncio da sua nova equipe, governador Antonio Anastasia troca comando da Saúde pressionado por técnicos da pasta, que defendiam permanência do atual secretário
Isabella Souto e Alice Maciel
Surpresa no anúncio do secretariado pelo governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB): poucas horas antes da divulgação dos nomes, um impasse em torno da Secretaria da Saúde gerou polêmica, reuniões às pressas e troca no comando. Até ontem pela manhã a pasta seria entregue ao deputado federal Alexandre Silveira (PPS), mas uma rebelião comandada pelo atual secretário de Saúde, Antônio Jorge Souza Marques – também filiado ao PPS –, com o apoio dos técnicos da pasta, garantiu a ele a permanência no cargo. A solução para abrigar Silveira foi a criação da Secretaria Extraordinária de Gestão Metropolitana.
A indicação de Silveira para a Saúde partiu do próprio PPS, legenda para a qual foi prometida a pasta. Com o apoio do PPS e com o título de quinto deputado federal mais votado em Minas Gerais, o parlamentar havia reivindicado a Secretaria de Transportes e Obras Públicas, setor em que já atuou na direção estadual e nacional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Minas Gerais. No entanto, a pasta foi entregue ao DEM – aliado tradicional do PSDB e que recebeu duas secretarias como recompensa por não ter feito parte da chapa que reelegeu Anastasia. A pasta de Transportes foi exigência do DEM.
“Como o PPS já estava na Saúde, acertamos então continuar com a pasta. O partido indicou o Alexandre Silveira, mas seu nome não foi bem aceito porque ele não é da área e não tem o perfil para assumir o cargo. Além disso, o Antônio Jorge se sentiu desprestigiado”, afirmou uma fonte do PPS. Pesou a favor do atual secretário o fato de ser da área, já ter experiência na área e o apoio do deputado federal Marcus Pestana (PSDB), ex-secretário da Saúde. As ameaças dos técnicos do setor eram de boicote a Silveira caso ele assumisse a pasta.
Antônio Jorge negou ter participado de qualquer ato contra a indicação de Alexandre Silveira. Segundo ele, Anastasia o convidou para comandar a Secretaria da Saúde ontem pela manhã. “Quem sou eu para fazer qualquer pressão sobre Anastasia, ainda contra um companheiro de partido”, acrescentou.
O deputado Alexandre Silveira também negou ontem ter tido desentendimentos com o colega e que tivesse recebido qualquer convite para a Saúde. O convite para comandar a Secretaria de Gestão Metropolitana, segundo ele, foi feito pelo governador Anastasia na noite de anteontem, e a resposta foi dada na manhã de ontem. “Os cargos de primeiro escalão são de livre nomeação do governador. Em nenhum momento houve pressão do partido ou minha”, assegurou o parlamentar, que já faz planos para atuação na pasta que será criada em janeiro.
De acordo com ele, sua base de atuação será o planejamento e articulação dos serviços essenciais nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte e Vale do Aço – sua base eleitoral. “Quem dá a dimensão para um cargo público é o secretário, com competência, trabalho e dedicação. Não me sinto menor por ter sido indicado para essa secretaria, mas honrado por fazer parte do governo Anastasia”, ponderou.
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