DEU EM O GLOBO
Lula comemora resultados de seu governo, em mais uma despedida
FORTALEZA e SALVADOR. A três dias de deixar o governo, o presidente Lula foi ontem à capital baiana para uma grande festa de despedida, onde anunciou também ter cumprido a meta de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida. E afirmou ter satisfação em concluir o mandato vendo os Estados Unidos e a Europa em crise, enquanto o Brasil conseguiu superá-la.
- Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México - disse.
O governador Jaques Wagner (PT) preparou a homenagem na Bahia. Antes da entrega das casas populares, o grupo Armandinho, Dodô e Osmar tocou para saudar o presidente. Armandinho fez um solo de guitarra com o velho slogan de Lula: "olê, olê, olá, Lulá, Lulá". Logo depois o grupo Ilê-Ayiê também tocou seus tambores.
No seu discurso, Lula mesclou emoção por estar deixando o cargo com a mágoa em relação às "elites", que, segundo ele, sempre foram preconceituosas em relação a ele antes de assumir o Palácio do Planalto. E voltou a fazer piada com sua saída da Presidência. Disse que, no momento de passar o governo a Dilma Rousseff, "se der vontade, vou sair correndo com a faixa presidencial".
Pouco antes de discursar, diretores da Caixa Econômica Federal anunciaram que o governo conseguiu atingir a meta do Minha Casa, Minha Vida, somando 1.003.214 contratos no final do governo Lula. Para marcar o evento, a Caixa organizou uma solenidade de entrega de casas e assinatura de contratos em Salvador, Manaus (AM), Campinas (SP) e Canoas (RS). O conjunto Bairro Novo, na região metropolitana de Salvador, foi escolhido pelo presidente para comandar a solenidade.
No conjunto habitacional baiano, dos 2.400 apartamentos previstos para serem construídos, foram entregues prontos ontem apenas 680 unidades, menos de 30% do total. Ainda existe muita coisa inacabada no conjunto com cenário de canteiro de obra. Do um milhão de contratos de imóveis para a faixa de renda de 0 a três salários mínimos do programa, foram entregues em todo país apenas 247 mil unidades.
Mais cedo, em Fortaleza, Lula agradeceu a todos os que lhe deram apoio no governo e pediu que tratem com o mesmo carinho e respeito a futura presidente, Dilma Rousseff, porque ela terá como desafio provar que mulher "não nasceu apenas para arrumar cama e lavar louça".
- Eu passei a vida inteira tendo que provar que um metalúrgico tinha competência para governar. E a Dilma, igual a mim, terá que provar que a mulher não nasceu apenas para arrumar a cama e lavar a louça e pode governar este país - disse o presidente ao encerrar o discurso de lançamento da pedra fundamental da refinaria Premium II, em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Fortaleza.
Antes, o presidente Lula criticou os formadores de opinião e disse que, se dependesse deles, não teria um voto porque todos escrevem contra ele. Para Lula, os seus formadores de opinião são "os catadores de papel, a professora, o técnico, o engenheiro, o profissional liberal, os empresários brasileiros que pensam no país".
A poucas horas de deixar o cargo, Lula disse que só um doido pode querer voltar a ser presidente depois de ter atingido elevados índices de aprovação como aconteceu com o seu governo:
- Só um doido é que pode querer voltar, porque essa performance Deus não dá para a mesma pessoa duas vezes.
Para Lula, Dilma é a candidata natural à reeleição em 2014:
- Se ela não quiser, o problema é dela.
Citando obras como a transposição das águas do Rio São Francisco e a Transnordestina, Lula disse que em seu governo o Nordestino aprendeu a gostar de coisa boa.
- Esse negócio de dizer que pobre não gosta de luxo é bobagem. O cará está na sua mansão, tomando uísque vinte e não sei quantos anos e fala: "Pobre não gosta disso. Gosta é de pinga pura". Aqui ó - disse Lula, erguendo o braço de punho cerrado.
Segundo ele, entre um prato de escargot e um de arroz com feijão, o pobre escolhe o primeiro.
Lula comemora resultados de seu governo, em mais uma despedida
FORTALEZA e SALVADOR. A três dias de deixar o governo, o presidente Lula foi ontem à capital baiana para uma grande festa de despedida, onde anunciou também ter cumprido a meta de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida. E afirmou ter satisfação em concluir o mandato vendo os Estados Unidos e a Europa em crise, enquanto o Brasil conseguiu superá-la.
- Foi gostoso passar pela Presidência da República e terminar o mandato vendo os Estados Unidos em crise, vendo a Europa em crise, vendo o Japão em crise, quando eles sabiam tudo para resolver os problemas da crise brasileira, da crise da Bolívia, da crise da Rússia, da crise do México - disse.
O governador Jaques Wagner (PT) preparou a homenagem na Bahia. Antes da entrega das casas populares, o grupo Armandinho, Dodô e Osmar tocou para saudar o presidente. Armandinho fez um solo de guitarra com o velho slogan de Lula: "olê, olê, olá, Lulá, Lulá". Logo depois o grupo Ilê-Ayiê também tocou seus tambores.
No seu discurso, Lula mesclou emoção por estar deixando o cargo com a mágoa em relação às "elites", que, segundo ele, sempre foram preconceituosas em relação a ele antes de assumir o Palácio do Planalto. E voltou a fazer piada com sua saída da Presidência. Disse que, no momento de passar o governo a Dilma Rousseff, "se der vontade, vou sair correndo com a faixa presidencial".
Pouco antes de discursar, diretores da Caixa Econômica Federal anunciaram que o governo conseguiu atingir a meta do Minha Casa, Minha Vida, somando 1.003.214 contratos no final do governo Lula. Para marcar o evento, a Caixa organizou uma solenidade de entrega de casas e assinatura de contratos em Salvador, Manaus (AM), Campinas (SP) e Canoas (RS). O conjunto Bairro Novo, na região metropolitana de Salvador, foi escolhido pelo presidente para comandar a solenidade.
No conjunto habitacional baiano, dos 2.400 apartamentos previstos para serem construídos, foram entregues prontos ontem apenas 680 unidades, menos de 30% do total. Ainda existe muita coisa inacabada no conjunto com cenário de canteiro de obra. Do um milhão de contratos de imóveis para a faixa de renda de 0 a três salários mínimos do programa, foram entregues em todo país apenas 247 mil unidades.
Mais cedo, em Fortaleza, Lula agradeceu a todos os que lhe deram apoio no governo e pediu que tratem com o mesmo carinho e respeito a futura presidente, Dilma Rousseff, porque ela terá como desafio provar que mulher "não nasceu apenas para arrumar cama e lavar louça".
- Eu passei a vida inteira tendo que provar que um metalúrgico tinha competência para governar. E a Dilma, igual a mim, terá que provar que a mulher não nasceu apenas para arrumar a cama e lavar a louça e pode governar este país - disse o presidente ao encerrar o discurso de lançamento da pedra fundamental da refinaria Premium II, em São Gonçalo do Amarante, região metropolitana de Fortaleza.
Antes, o presidente Lula criticou os formadores de opinião e disse que, se dependesse deles, não teria um voto porque todos escrevem contra ele. Para Lula, os seus formadores de opinião são "os catadores de papel, a professora, o técnico, o engenheiro, o profissional liberal, os empresários brasileiros que pensam no país".
A poucas horas de deixar o cargo, Lula disse que só um doido pode querer voltar a ser presidente depois de ter atingido elevados índices de aprovação como aconteceu com o seu governo:
- Só um doido é que pode querer voltar, porque essa performance Deus não dá para a mesma pessoa duas vezes.
Para Lula, Dilma é a candidata natural à reeleição em 2014:
- Se ela não quiser, o problema é dela.
Citando obras como a transposição das águas do Rio São Francisco e a Transnordestina, Lula disse que em seu governo o Nordestino aprendeu a gostar de coisa boa.
- Esse negócio de dizer que pobre não gosta de luxo é bobagem. O cará está na sua mansão, tomando uísque vinte e não sei quantos anos e fala: "Pobre não gosta disso. Gosta é de pinga pura". Aqui ó - disse Lula, erguendo o braço de punho cerrado.
Segundo ele, entre um prato de escargot e um de arroz com feijão, o pobre escolhe o primeiro.
com Agência A Tarde
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