O PSDB exibe amanhã à noite um programa de dez minutos em cadeia nacional de rádio e TV. Não parece que seja o melhor momento para falar ao país.
O partido exibe sinais de fadiga de material:
1) Vem da terceira derrota consecutiva à Presidência;
2) tem dificuldade de formular um discurso alternativo ao do PT;
3) vive hoje uma guerra interna pelo seu comando;
4) não tem um líder óbvio a quem confiar seu futuro (Aécio, quem sabe);
5) e deixou mal resolvida sua relação com o legado de FHC, escanteado por Serra. Desse limão, como fazer uma limonada?
Sem disputa eleitoral à vista, o partido decidiu transformar FHC no grande personagem do programa.
Durante cinco minutos, ele responde a perguntas variadas de um auditório composto por 120 jovens.
FHC comemora a presença de duas mulheres na eleição presidencial. Critica a tolerância de Lula com a corrupção e a voracidade com que aderiu à política fisiológica (que ele também admite ter praticado, com mais pudor).
Mas elogia a mobilidade social e as oportunidades criadas na gestão petista.
Na metade convencional do programa, Geraldo Alckmin fala em nome dos oito governadores tucanos e Sérgio Guerra faz uma breve menção elogiosa (ou protocolar) ao desempenho de Serra na eleição.
O que fica do conjunto, no entanto, é um grande desagravo a FHC. Lembra algo de uma sessão de psicanálise, na qual o partido procura trazer à tona seus traumas e olhar de frente a sua história. Mas o programa também pode ser visto -para seguir com Freud- como um sintoma do que permanece recalcado entre os tucanos. Serra e Aécio só aparecem em imagens de arquivo...
Durante a gravação, FHC foi questionado por uma garota sobre Chico Buarque, principal apoio de Dilma entre os artistas. Elogiou o compositor e disse que sua canção predileta é "Apesar de Você". A cena não vai ao ar e só estará disponível no site do PSDB. Quem, entre os tucanos, vai vestir a carapuça?
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
O partido exibe sinais de fadiga de material:
1) Vem da terceira derrota consecutiva à Presidência;
2) tem dificuldade de formular um discurso alternativo ao do PT;
3) vive hoje uma guerra interna pelo seu comando;
4) não tem um líder óbvio a quem confiar seu futuro (Aécio, quem sabe);
5) e deixou mal resolvida sua relação com o legado de FHC, escanteado por Serra. Desse limão, como fazer uma limonada?
Sem disputa eleitoral à vista, o partido decidiu transformar FHC no grande personagem do programa.
Durante cinco minutos, ele responde a perguntas variadas de um auditório composto por 120 jovens.
FHC comemora a presença de duas mulheres na eleição presidencial. Critica a tolerância de Lula com a corrupção e a voracidade com que aderiu à política fisiológica (que ele também admite ter praticado, com mais pudor).
Mas elogia a mobilidade social e as oportunidades criadas na gestão petista.
Na metade convencional do programa, Geraldo Alckmin fala em nome dos oito governadores tucanos e Sérgio Guerra faz uma breve menção elogiosa (ou protocolar) ao desempenho de Serra na eleição.
O que fica do conjunto, no entanto, é um grande desagravo a FHC. Lembra algo de uma sessão de psicanálise, na qual o partido procura trazer à tona seus traumas e olhar de frente a sua história. Mas o programa também pode ser visto -para seguir com Freud- como um sintoma do que permanece recalcado entre os tucanos. Serra e Aécio só aparecem em imagens de arquivo...
Durante a gravação, FHC foi questionado por uma garota sobre Chico Buarque, principal apoio de Dilma entre os artistas. Elogiou o compositor e disse que sua canção predileta é "Apesar de Você". A cena não vai ao ar e só estará disponível no site do PSDB. Quem, entre os tucanos, vai vestir a carapuça?
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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