TRÍPOLI - Centenas de pessoas tomaram as ruas da segunda maior cidade da Líbia, no primeiro sinal de que a insatisfação popular chegou à nação árabe do norte da África. Segundo testemunhas, manifestantes da cidade portuária de Benghazi enfrentaram a polícia e gritaram palavras de ordem exigindo a renúncia do primeiro-ministro Baghdadi al-Mahmoudi. Não houve, no entanto, protestos diretos contra o ditador líbio, Muammar Kadafi, há 42 anos no poder.
O tumulto começou na noite de terça-feira e teria sido motivado pela prisão do ativista de direitos humanos Fethi Tarbel, que trabalha com famílias de presos na conhecida penitenciária de Abu Salim. Usada para a detenção de opositores e rebeldes islâmicos, a cadeia foi cenário de confrontos em 1996, quando mil detentos foram mortos a tiros.
De acordo com testemunhas, manifestantes armados com pedras e coquetéis molotov incendiaram carros e o protestos se estendeu pela madrugada de quarta. No fim da manhã, a situação já estaria calma na cidade, que fica a mil quilômetros da capital líbia, Trípoli, e tem abriga muitos oposicionistas.
- Havia cerca de 500 ou 600 pessoas envolvidas - contou por telefone um manifestante que não quis se identificar. - Eles foram até os comitês revolucionários (sedes do governo local) no bairro de Sabri, tentaram ir até o comitê revolucionário central, e atiraram pedras.
Mais protestos convocados por redes sociais
Em uma possível concessão aos manifestantes, segundo um ativista, o governo teria aceitado libertar 110 integrantes do grupo Luta Islâmica Líbia que estão detidos na prisão de Abu Salim. Dezenas de presos acusados de ligação com a organização foram soltos desde o ano passado, quando o grupo renunciou à violência.
Assim como nas revoltas no Egito e na Tunísia, os manifestantes usaram redes sociais como Facebook para convocar mais um dia de protestos na quinta-feira. A agência de notícias oficial da Líbia não noticiou os protestos nesta quarta, informando apenas que partidários de Kadafi participam de manifestações na capital, em Benghazi e outras cidades.
Na segunda-feira, grupos de líbios que vivem no exílio divulgaram comunicado pedindo a saída do ditador e a transição de poder no país. Kadafi chegou ao poder em 1969 em um golpe militar. Desde então, ele governa sem um Parlamento ou uma Constituição. Ele afirma ser apenas um revolucionário, sem um status oficial. Na prática, o ditador tem controle sobre a política e as Forças Armadas da Líbia.
FONTE: O GLOBO
O tumulto começou na noite de terça-feira e teria sido motivado pela prisão do ativista de direitos humanos Fethi Tarbel, que trabalha com famílias de presos na conhecida penitenciária de Abu Salim. Usada para a detenção de opositores e rebeldes islâmicos, a cadeia foi cenário de confrontos em 1996, quando mil detentos foram mortos a tiros.
De acordo com testemunhas, manifestantes armados com pedras e coquetéis molotov incendiaram carros e o protestos se estendeu pela madrugada de quarta. No fim da manhã, a situação já estaria calma na cidade, que fica a mil quilômetros da capital líbia, Trípoli, e tem abriga muitos oposicionistas.
- Havia cerca de 500 ou 600 pessoas envolvidas - contou por telefone um manifestante que não quis se identificar. - Eles foram até os comitês revolucionários (sedes do governo local) no bairro de Sabri, tentaram ir até o comitê revolucionário central, e atiraram pedras.
Mais protestos convocados por redes sociais
Em uma possível concessão aos manifestantes, segundo um ativista, o governo teria aceitado libertar 110 integrantes do grupo Luta Islâmica Líbia que estão detidos na prisão de Abu Salim. Dezenas de presos acusados de ligação com a organização foram soltos desde o ano passado, quando o grupo renunciou à violência.
Assim como nas revoltas no Egito e na Tunísia, os manifestantes usaram redes sociais como Facebook para convocar mais um dia de protestos na quinta-feira. A agência de notícias oficial da Líbia não noticiou os protestos nesta quarta, informando apenas que partidários de Kadafi participam de manifestações na capital, em Benghazi e outras cidades.
Na segunda-feira, grupos de líbios que vivem no exílio divulgaram comunicado pedindo a saída do ditador e a transição de poder no país. Kadafi chegou ao poder em 1969 em um golpe militar. Desde então, ele governa sem um Parlamento ou uma Constituição. Ele afirma ser apenas um revolucionário, sem um status oficial. Na prática, o ditador tem controle sobre a política e as Forças Armadas da Líbia.
FONTE: O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário