Enquanto PSDB espera intervenção do DEM no diretório paulista, Planalto tenta atrair novo partido para base aliada
Julia Duailibi
No dia seguinte ao lançamento do PSD (Partido Social Democrático), tucanos paulistas começaram a se articular para diminuir o impacto eleitoral da legenda recém-anunciada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, enquanto o Palácio do Planalto se prepara para trazer a nova legenda para a base aliada do governo.
"Quero reunir os integrantes do PSD para discutir a entrada deles na base do governo, inclusive a tática em plenário", disse o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT), que pretende chamar o deputado Guilherme Campos, que assinou a ficha de inscrição no PSD, para conversar ainda nesta semana.
O PT municipal, no entanto, não quer uma aproximação com Kassab. "O diretório estadual formalmente endossou a postura de oposição. O nacional, informalmente. Não temos motivo para sair da oposição", afirmou o vereador Antonio Donato.
Tucanos paulistas conversaram com lideranças do DEM nacional na expectativa de que haja uma decisão pró-intervenção no diretório estadual do partido, do qual Kassab ainda detém controle. Na quinta-feira, 24, haverá reunião da executiva nacional do DEM, em Brasília para discutir a questão.
O deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP), que resolveu ficar no partido, tem mantido pontes com o Palácio dos Bandeirantes e é uma das alternativas para tocar a legenda no Estado, embora haja tucanos que vejam com desconfiança a indicação dele, em razão da amizade com o prefeito. Na semana passada, ele esteve com Alckmin para falar da decisão de ficar no DEM. Na segunda-feira, 21, reuniu-se com o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, e com deputados estaduais: dos oito parlamentares do DEM, sete devem ficar no partido.
Em almoço com a bancada paulista do PSDB nessa terça-feira, 22, deputados fizeram o balanço do lançamento da nova legenda. "Não sabemos ainda a extensão disso, quem irá acompanhá-lo, quais serão as alianças", afirmou o líder do PSDB, Duarte Nogueira.
Apesar de o vice-governador, Guilherme Afif Domingos, ter dito que no PSD pretende marchar junto com os tucanos na eleição de 2012, as declarações de Kassab falando de aproximação com o governo federal aumentaram a apreensão no Palácio dos Bandeirantes sobre os rumos da sigla.
Aliado de Geraldo Alckmin, o deputado estadual Campos Machado (PTB) pretende questionar o uso da sigla PSD na Justiça. Ele alega que uma legenda com o mesmo nome foi incorporada pelo PTB em 2003 e que aspectos fiscais e contábeis não foram resolvidos e seguem pendentes.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Julia Duailibi
No dia seguinte ao lançamento do PSD (Partido Social Democrático), tucanos paulistas começaram a se articular para diminuir o impacto eleitoral da legenda recém-anunciada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, enquanto o Palácio do Planalto se prepara para trazer a nova legenda para a base aliada do governo.
"Quero reunir os integrantes do PSD para discutir a entrada deles na base do governo, inclusive a tática em plenário", disse o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT), que pretende chamar o deputado Guilherme Campos, que assinou a ficha de inscrição no PSD, para conversar ainda nesta semana.
O PT municipal, no entanto, não quer uma aproximação com Kassab. "O diretório estadual formalmente endossou a postura de oposição. O nacional, informalmente. Não temos motivo para sair da oposição", afirmou o vereador Antonio Donato.
Tucanos paulistas conversaram com lideranças do DEM nacional na expectativa de que haja uma decisão pró-intervenção no diretório estadual do partido, do qual Kassab ainda detém controle. Na quinta-feira, 24, haverá reunião da executiva nacional do DEM, em Brasília para discutir a questão.
O deputado Rodrigo Garcia (DEM-SP), que resolveu ficar no partido, tem mantido pontes com o Palácio dos Bandeirantes e é uma das alternativas para tocar a legenda no Estado, embora haja tucanos que vejam com desconfiança a indicação dele, em razão da amizade com o prefeito. Na semana passada, ele esteve com Alckmin para falar da decisão de ficar no DEM. Na segunda-feira, 21, reuniu-se com o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, e com deputados estaduais: dos oito parlamentares do DEM, sete devem ficar no partido.
Em almoço com a bancada paulista do PSDB nessa terça-feira, 22, deputados fizeram o balanço do lançamento da nova legenda. "Não sabemos ainda a extensão disso, quem irá acompanhá-lo, quais serão as alianças", afirmou o líder do PSDB, Duarte Nogueira.
Apesar de o vice-governador, Guilherme Afif Domingos, ter dito que no PSD pretende marchar junto com os tucanos na eleição de 2012, as declarações de Kassab falando de aproximação com o governo federal aumentaram a apreensão no Palácio dos Bandeirantes sobre os rumos da sigla.
Aliado de Geraldo Alckmin, o deputado estadual Campos Machado (PTB) pretende questionar o uso da sigla PSD na Justiça. Ele alega que uma legenda com o mesmo nome foi incorporada pelo PTB em 2003 e que aspectos fiscais e contábeis não foram resolvidos e seguem pendentes.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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