Paulo de Tarso Lyra
Ao anunciar em nota oficial as indicações de Aloizio Mercadante para o Ministério da Educação e de Marco Antônio Raupp para a Ciência e Tecnologia, a presidente Dilma Rousseff mantém o estilo adotado durante o governo de transição em 2010: escolher os seus ministros de forma fatiada e por meio de notas oficiais. E comprova também as dificuldades que terá para promover mudanças profundas na Esplanada sem ferir o equilíbrio partidário.
Para Ciência e Tecnologia, a presidente optou por uma saída técnica, de sua confiança, escolhendo Marco Antonio Raupp, um profissional com reconhecimento acadêmico no setor. A bancada do PT queria a indicação do deputado Newton Lima (PT-SP), que também teria capacitação para assumir a pasta. Antes de eleger-se deputado, ele foi duas vezes reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e prefeito da cidade paulista.
Dilma cogitou a possibilidade de convidar Ciro Gomes para substituir Mercadante. Ele e o atual titular da pasta, Aloizio Mercadante, chegaram a se reunir informalmente no ministério, mas a entrada do pessebista traria mais dores de cabeça do que resultados positivos para o Planalto. O PSB não o considerava uma indicação do partido, já que ele e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, estão em campos opostos na legenda. Além disso, se o PSB herdasse a vaga, Dilma teria que exonerar Leônidas Cristino da Secretaria dos Portos ou fundir a pasta com o Ministério dos Transportes.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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