“Na verdade, a História não se apóia sobre a diferença entre verdadeiro e falso, ou justo e injusto, menos ainda sobre a mais abstrata antítese entre possível e real – como se as coisas permanecessem de um lado e tivessem do outro lado as próprias sombras e fantasmas, nas idéias. Ela está sempre toda de um lado e se apóia inteira sobre o processo de formação e transformação da sociedade – o que pode ser percebido em sentido objetivo e independentemente de nossa aceitação ou repulsa. Ela é umas dinâmica de gênero especial – como convém dizer aos positivistas que tanto se deleitam com tais expressões e freqüentemente não vão além da própria nova palavra que põem em circulação. Hoje as várias formas de concepção e de ação socialistas que apareceram e desapareceram no curso dos séculos, com tantas diferenças nos motivos, na fisionomia e nos efeitos, são todas estudadas e explicadas pelas condições específicas e complexas da vida social em que se produziram. “
LABRIOLA, Antonio (1842-1904), professor de filosofia da Universidade de Roma, ensaio escrito em 1895. O manifesto comunista – Marx e Engels. Boitempo Editorial, p.90. São Paulo, 2005.
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