Tucano espera que Alckmin ajude a conter DEM, que também quer a vaga
Daniela Lima, Evandro Spinelli
SÃO PAULO - Pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra confidenciou a aliados que acha justo dar a vice de sua chapa a um nome indicado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Hoje, o ex-governador trabalha para resolver disputas políticas em torno da vaga, cobiçada pelo PSD, pelo DEM e pelo PSDB.
Kassab deixou à disposição de Serra ao menos dez pessoas de sua confiança, entre secretários municipais e políticos filiados ao seu partido, mas explicita uma predileção pelo ex-secretário municipal de Educação Alexandre Schneider.
Schneider tem a simpatia de Serra. O tucano avalia bem a gestão do ex-secretário, que deixou a pasta no início deste mês para poder disputar a eleição -como vice de Serra ou candidato a vereador.
Mas o acerto com Kassab esbarra nas pretensões do DEM, aliado histórico dos tucanos. O partido está rompido com o prefeito desde o ano passado, e reivindica a vaga de vice para apoiar Serra.
Em 2011, Kassab declarou guerra ao DEM ao deixar o partido para fundar sua sigla, o PSD. Por isso, o DEM diz que não integrará a coligação do PSDB se Serra optar por um nome indicado por Kassab.
Em resposta, o ex-governador explicitou que não aceitará vetos ao nome que escolher. E, para conter a pressão do DEM, conta com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Serristas esperam que Alckmin cobre a fatura por ter sido o único entre os governadores do PSDB que trabalhou para conter o avanço do PSD em São Paulo, se posicionando ao lado do DEM.
Alckmin ainda fortaleceu o partido, entregando a Secretaria de Ação Social a Rodrigo Garcia (DEM-SP), político que o DEM apresenta como opção de vice para Serra.
Há ainda dois nomes do PSDB que se apresentam como opção para Serra: o do ex-secretário de Cultura Andrea Matarazzo, amigo e antigo aliado do ex-governador, e o do secretário estadual de Meio Ambiente, Bruno Covas, pupilo de Alckmin. Os dois eram pré-candidatos do PSDB a prefeito, mas deixaram a disputa interna do partido após a entrada de Serra.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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