Tarso Genro defende procurador, que é alvo de ataques de petistas
Governador do RS diz que Ministério Público tinha justificativa para não abrir investigação contra Demóstenes
Catia Seabra, Felipe Bächtold
PORTO ALEGRE - Ministro da Justiça no início das investigações sobre Carlinhos Cachoeira, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), defendeu ontem a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Petistas acusam o procurador de ter sido moroso na investigação sobre a ligação entre o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e o grupo de Cachoeira.
"O procurador tem que analisar o contexto todo da prova para verificar o momento oportuno de abrir um inquérito ou investigação direta sobre os parlamentares", disse o governador.
Tarso, que foi ministro da Justiça de 2007 a 2010, disse que durante a investigação foi avisado pela direção da PF de que havia congressistas de Goiás envolvidos e que, na ocasião, determinou que o caso fosse remetido ao Ministério Público Federal.
Também falou que é um "costume" e uma "necessidade" dos procuradores não precipitar ações que possam prejudicar outros inquéritos.
"O argumento que o procurador Gurgel está usando é, na minha opinião, a partir de minha experiência, um argumento de qualidade técnica e política suficiente", disse.
A Procuradoria tem dito que não abriu investigação contra Demóstenes em 2009 para não atrapalhar investigações na primeira instância e que esse pedido foi feito pela Polícia Federal, que nega.
Sobre a ida de Gurgel à CPI, Tarso Genro disse que é uma "questão secundária" e que o procurador não tem obrigação de depor. Para o governador, não há problema em ele dar esclarecimento por nota.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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