Para Brizola Neto, mais importante é saldo entre contratações e demissões
SÃO PAULO e BRASÍLIA. O ministro do Trabalho, Brizola Neto, admitiu ontem que a General Motors (GM) em São José dos Campos pode acabar demitindo trabalhadores. Cuidadoso, ele minimizou o problema dizendo que o mais importante é o "saldo positivo" entre contratações e cortes na montadora e no setor. A GM tem afirmado que já abriu vagas em outras unidades do país. As declarações do ministro foram feitas três dias após a presidente Dilma Rousseff ameaçoar retirar o desconto do IPI dos automóveis, caso as empresas não mantivessem o emprego no setor.
- Estamos acompanhando atentamente a questão. Por enquanto, o número de admissões é maior que o de demissões - afirmou o ministro.
Segundo o sindicato local, caso seja confirmada a dispensa de 1.500 funcionários da fábrica, outros 4 mil serão demitidos na cadeia. A GM apresenta hoje ao Ministério da Fazenda o quadro geral de empregos e demissões. A renovação da redução do IPI para automóveis, que vence em 31 de agosto, pode estar condicionada a uma solução para o impasse.
Na avaliação do governo, a empresa está descumprindo o compromisso firmado pelo setor automotivo de manter empregos no país em troca dos benefícios O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho, Manoel Messias, afirmou que a GM assumiu o compromisso de não demitir antes de finalizar a negociação com o governo.
FONTE: O GLOBO
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