Catia Seabra
BRASÍLIA - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tem traçada a estratégia para minimizar desgastes à campanha durante o julgamento do mensalão: apresentar-se como um dos escalados, ao lado da hoje presidente Dilma Rousseff, a resgatar o governo Lula após explosão do escândalo, em junho de 2005.
Questionado sobre o processo no Supremo Tribunal Federal (STF), Haddad vai associar sua imagem à entrada da presidente Dilma Rousseff na chefia da Casa Civil, em substituição ao então ministro José Dirceu.
Haddad disse a aliados que lembrará o fato de ter assumido o Ministério da Educação um mês após Dilma ir para a Casa Civil.
Sua orientação é firmar sua identidade com a ascensão de Dilma e a retomada da popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva no período pós-mensalão.
O candidato, porém, evitará manifestações sobre o processo no Supremo.
Receio
No comitê, o medo é que o julgamento monopolize o noticiário político num momento em que o candidato precisa de visibilidade para alcançar 15% das intenções de voto antes do início da propaganda eleitoral na TV.
Haddad contará com a presença do ex-presidente Lula na campanha logo após liberação dos médicos, prevista para o dia 6. A expectativa é que o ex-presidente participe de ao menos três atividades em agosto.
Ontem, durante sessão de fotos com candidatos a prefeito, o ex-presidente consultou assessores sobre a oportunidade de conceder uma entrevista, mas foi aconselhado a preservar a laringe.
Além da participação de Lula, Haddad deverá anunciar seu programa de governo no dia 13, já com o julgamento no STF em curso.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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