segunda-feira, 30 de julho de 2012

Pauta religiosa em São Paulo

O candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, aproveitou o domingo para colher votos entre o eleitorado católico, em mais uma tentativa de se aproximar desse segmento religioso — ele já conta com boa avaliação entre os evangélicos. O ex-deputado participou de uma missa realizada na Paróquia São Bernardo, no Grajaú, Zona Sul da cidade, pela manhã. Reverenciado pelo padre Nelson Silvino, o postulante ao Executivo paulistano discursou, cantou com os fiéis e chorou ao se lembrar da morte da esposa, 22 anos atrás. Russomanno, empatado tecnicamente nas pesquisas com José Serra (PSDB), estava acompanhado do seu vice na chapa, Luiz Flávio Borges D"Urso (PTB), e do presidente estadual do PTB, Campos Machado.

O domingo também foi agitado para o concorrente petista, Fernando Haddad, que ainda patina no terceiro lugar, com 7% das intenções de voto, de acordo com as últimas pesquisas. Ele passou o dia tentando se esquivar dos impactos que o julgamento do mensalão, marcado para quinta-feira, podem ter na campanha. Questionado pelos jornalistas sobre eventuais ônus provocados pela batalha judicial, Haddad tentou atenuar os efeitos do julgamento de seus aliados: "A população está esperançosa em resolver seus problemas. Obviamente, toda a discussão sobre o mensalão interessa, mas precisamos usar o momento eleitoral para discutir a biografia e os valores de cada candidato", disse o petista.

Haddad compareceu a um evento de comemoração ao Dia dos Motoristas e aproveitou os microfones para voltar a carga contra a administração do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que apoia a candidatura do tucano José Serra. "Há uma ansiedade do paulistano em saber qual rumo vamos dar a São Paulo. Ninguém está satisfeito com a cidade da forma como vem sendo administrada. Vamos apresentar uma plataforma consistente de mudança", discursou.

O Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) pediu a validação dos registros apresentados por Haddad e Russomanno, que haviam sido questionados pelo promotor Roberto Senise Lisboa, sob argumento de que estavam com a documentação incompleta. Ontem, o MPE-SP reconsiderou a interpretação e enviou à Justiça Eleitoral pareceres favoráveis à validação das duas candidaturas. Até agora, no entanto, nenhum dos 12 candidatos à prefeitura paulistana teve o registro referendado.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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