Governador do PE, porém, afirma que não é "hora de eleitoralizar o
debate brasileiro" e vai ajudar a presidente a "ganhar 2013"
Eugênia Lopes
BRASÍLIA - Em meio às especulações do lançamento de sua candidatura à
Presidência em 2014, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB,
Eduardo Campos, criticou ontem a política de desoneração tributária promovida
pelo governo da presidente Dilma Rousseff.
Diante de uma plateia de 443 prefeitos eleitos pelo PSB, Campos afirmou que
essas medidas são responsáveis pela redução da capacidade de investimentos dos
Estados e dos municípios, que acabaram penalizados com a perda de receita.
"Precisamos começar políticas de desoneração que não sejam só para um
segmento ou outro, porque às vezes um segmento impacta mais num Brasil e não
impacta em outro Brasil. Se vamos fazer desonerações tributárias que vão ser
carregadas nas costas sobretudo do Brasil mais profundo, a gente precisa também
desonerar para a economia dessa área", disse.
Umas das maiores queixas são as desonerações no Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e Imposto de Renda concedidas pelo governo federal e que
têm impacto direto na distribuição dos fundos de Participação dos Estados e dos
Municípios. "Se é importante que desonere para a indústria
automobilística, também é importante que se desonere para pequena iniciativa,
para a agricultura familiar, para a média empresa brasileira, para o setor de
serviços, para quem emprega muito, para a indústria alimentícia", afirmou.
Para evitar que seu discurso fosse interpretado como uma plataforma de campanha
presidencial para 2014, Campos foi cauteloso e frisou que o PSB faz parte da
base de apoio do governo Dilma, a quem ajudou a eleger em 2010. "Não é
hora de eleitoralizar o debate brasileiro, não é hora de inventar brigas que
não existem nem disputas que não levam a nada. É hora de pensar no
Brasil."
Fonte: O Estado de S. Paulo
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