Presidenciável tem avaliado que é preciso "colocar freio" no PT
Proposta, que prevê ainda a unificação do calendário, tem barreira até no PSDB
Aécio ainda elabora o projeto e pretende apresentá-lo na hora certa
BRASÍLIA - Em pleno ano pré-eleitoral, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) quer levar ao Senado proposta que acaba com a reeleição e amplia os mandatos de presidentes, governadores e prefeitos para cinco anos. O tucano vai apresentar projeto de sua autoria com as mudanças, mas diz que ainda precisa "maturar a ideia" antes de sugeri-la formalmente.
A iniciativa do provável rival da presidente Dilma Rousseff em 2014 mira o PT. O ex-governador de Minas afirma, nos bastidores, que os petistas têm usado a máquina do governo, com propostas assistencialistas, como forma de viabilizar as sucessivas candidaturas de Lula e Dilma. "A forma de agir da presidente precisa de um freio", apontou Aécio, que apresentou projeto semelhante na Câmara em 1989, época em que era deputado.
Além de ampliar o tempo dos mandatos, ele também vai sugerir que as eleições para todos os mandatos eletivos aconteçam no mesmo ano. "O que eu quero é colocar esse assunto em discussão. Não vou apresentar projeto agora, mas a tese é que deve ser debatida, com cinco anos de mandato, fim da reeleição e unificação das eleições", argumentou.
Contra. O tucano admite que sua opinião não tem unanimidade nem mesmo no PSDB, por isso, diz que precisa ampliar a discussão dentro da sigla antes de formalizá-la no Senado.
Um colega que não é simpático à tese é o também senador Aloysio Nunes Ferreira (SP). "Pessoalmente, sou a favor do jeito que está. O eleitor tem o direito de julgar o governante. Se não gostar, muda", defendeu o paulista, que completou: "Temos que apresentar proposta para derrotar o PT. Tamanho de mandato e coisas semelhantes são propostas recorrentes e não dizem respeito à campanha".
O ex-líder do PSDB na Câmara Arnaldo Madeira, aliado do ex-governador de São Paulo José Serra, foi mais ácido. "Incrível! Voltamos ao supérfluo. Discutir cinco anos de mandato e coincidência das eleições. O passado nos chama", escreveu no microblog Twitter.
Fonte: O Tempo (MG)
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