Um dia depois de aliados da presidente Dilma Rousseff afirmarem ao Correio que o governador de Pernambuco é "bom de gogó", mas é o governo federal quem assina o cheque e celebra convênios com estados e municípios, Eduardo Campos voltou a criticar o Planalto durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne secretários de fazenda de todo o país. "É preciso fazer reformas no sistema tributário e fiscal, além de uma revisão do Pacto Federativo. E isso não pode ser discurso nem a negação do governo de hoje nem de ontem", afirmou o governador durante a reunião, realizada em um hotel na Praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (PE).
O socialista usou argumentos para justificar as teses que defende e se colocou à disposição para agilizar o conjunto de medidas que acha necessário para reduzir as desigualdades no país. "A pauta do século 21 vai exigir uma governança muito mais inteligente, muito mais eficaz, com muito mais capacidade de dar respostas ao bom gasto público", disse o governador.
Mais tarde, Campos desembarcou em Santos, para participar do Congresso Estadual de Municípios — agenda cumprida um dia antes por outro presidenciável, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Uma militância entusiasmada o esperava: "Brasil para frente, Eduardo presidente"; "um novo caminho para um novo Brasil", gritava o grupo. Em um discurso de aproximadamente meia hora, o presidenciável pessebista defendeu uma nova perspectiva para a economia brasileira. E acrescentou: "Precisamos pensar em uma nova agenda".
Em um script típico de campanha eleitoral, Eduardo Campos tirou fotos, cumprimentou presentes, comeu pastel e coxinha em um dos estandes e foi ciceroneado pelo prefeito de Campinas (SP), Jonas Donizetti (PSB). "Um novo nome que surge com força num novo Brasil: Eduardo Campos", disse Donizetti, ao apresentá-lo aos demais prefeitos.
Disposto a se tornar conhecido além das fronteiras do Nordeste, Eduardo Campos desembarca hoje no Rio de Janeiro, onde se reúne com 50 lideranças do PSB de todo o país. Na segunda-feira, estará em Porto Alegre para celebrar o aniversário do líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (RS), e para se reunir com empresários. Beto Grill, do PSB, ocupa o cargo de vice-governador do petista Tarso Genro, mas o partido deve romper a aliança para lançar Beto Albuquerque ao governo estadual em 2014.
Com que roupa?
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), pediu ajuda para escolher qual candidato ao Planalto o partido apoiará em 2014. A enquete, postada no portal do partido na internet, traz os nomes de Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), Fernando Gabeira (PV), José Serra (PSDB) e Marina Silva (Rede), além da candidatura própria. Os cinco pré-candidatos também participarão de um seminário do partido, na próxima semana, em 11, 12 e 13 de abril, na Câmara dos Deputados.
Fonte: Correio Braziliense
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