segunda-feira, 29 de abril de 2013

Guerra elogia Campos e afirma que reserva de mercado do PT acabou

Mônica Bernardes

RECIFE - O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE), afirmou ontem que "acabou a reserva de mercado do PT" na eleição presidencial de 2014. 0 tucano também disse que a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Palácio do Planalto, é "boa para a democracia". As declarações foram feitas na convenção do partido em Pernambuco, na qual foi eleito como presidente estadual da legenda.

No momento em que o Congresso debate regras para restringir a criação de novos partidos - a tramitação do projeto L sobre o tema foi suspensa na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal -, Guerra disse que a multiplicidade de candidaturas, algumas delas em novos partidos, como a de Marina Silva (Rede), pode trazer "dificuldade" para a tentativa de reeleição de Dilma Rousseff (PT).

"Com candidaturas fortes, como as que estão se desenhando, e outras que poderão ainda surgir, todos terão que discutir propostas reais. O importante é que não vai se delinear o que o PT tenta fazer crer, a ideia de que o candidato dele é a virtude e os outros são os pecadores, que eles são o bem e os outros são o mal", disse Guerra ao citar as potenciais candidaturas de Marina, de Campos e do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Apesar de o PSDB ser contra o projeto que inibe a criação de partidos, o tucano alertou que as grandes legendas "desejam menos partidos e mais alianças" e que considera o sistema brasileiro, com mais de 30 siglas, "evidentemente um exagero". "O resultado são as legendas de aluguel. Infelizmente o governo do PT não teve força para acabar com este problema", declarou.

Questionado sobre a candidatura de Campos, "Guerra o elogiou. "Sua candidatura é boa para a democracia. Ele vem levantando sinceras dúvidas sobre muitos dos aspectos do atual governo", concluiu. No mês passado, o ex-governador José Serra disse que a candidatura de Campos era a boa para o Brasil", o que gerou polêmica no PSDB.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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