Que mundo é esse no qual pode existir uma Coréia do Norte, agindo como está agindo?
As cenas de multidões perfiladas e marchando em ordem unida, ao lado de caminhões carregando mísseis, gritando lemas de fidelidade e morte, todos uniformizados e iguais, parece cena de estendo animado, pura ficção.
Sobre todos e tudo paira a figura de Kim Jong-un, um boneco caricato, herdeiro de um trono comunista, que chega as raias do ridículo, mas que diz estar comandando o gatilho de uma bomba atômica que poderá atingir a Coréia do Sul, o Japão e até território dos Estados Unidos.
O pior é que fazem tudo isso ignorando solenemente todas as instâncias de articulação internacionais, todas suas as resoluções e sanções. E o que também assusta, menos pois não possuem armas atômicas, é que esse tipo de postura é a mesma de inúmeros outros países que têm ditaduras sangrentas que, a despeito do repúdio internacional, prosseguem por décadas e décadas nos desmandos, na corrupção e nos genocídios, notadamente na África Central.
As instituições internacionais, fenômeno recente da política mundial - a ONU tem apenas 68 anos - precisam ser repensadas e mudar o patamar de atuação, saindo da lógica da guerra fria que ainda preside suas estruturas organizacionais, ampliando seu caráter democrático, multi-cultural e plural bem como trazendo para si algumas atribuições de um Estado supranacional, dotadas de algum poder de polícia e de algum poder de tributar, que lhes dêem mais autoridade para agir e as tornem mais independentes e efetivas.
Urbano Patto é Arquiteto-Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional, Secretário do Partido Popular Socialista - PPS - de Taubaté e membro Conselho Fiscal do PPS do Estado de São Paulo. Comentários, sugestões e críticas para urbanopatto@hotmail.com
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