sábado, 22 de junho de 2013

Dilma: Um discurso necessário, mas que pouco acrescentou - Ricardo Noblat

Se não fosse pelo elogio ao caráter democrático das manifestações ainda em curso e a necessária e repetida condenação ao uso da violência, o discurso feito há pouco pela presidente Dilma Rousseff poderia, com alguns ajustes, ter sido pronunciado em qualquer outra ocasião. No Dia do Trabalho, por exemplo, no 7 de setembro, na passagem do ano.

Do discurso de 10 minutos não ficou nenhuma frase da qual as pessoas se lembrarão mais tarde. E nenhuma proposta da qual se possa dizer: "Está aí uma boa ideia".

Dilma falou em reforma política - seus antecessores também falaram. Nenhum fez.Acenou com 100% dos royalties do petróleo do pré-sal para a educação. Há mais de um ano que ela acena com essa proposta. E garantiu importar médicos estrangeiros, projeto acalentado pelo ministro da Saúde há meses.

Prometeu reunir-se com governadores e prefeitos para acertar uma fórmula de atender às principais reinvindicações da chamada "voz das ruas".

E anunciou sua disposição de receber os líderes das manifestações em audiências privadas. O difícil será identificá-los. Uma das marcas fortes dos atuais protestos é a ausência de líderes.

Era um pronunciamento necessário - e Dilma teve a sensibilidade de ceder às sugestões para fazê-lo.

Foi um pronunciamento que pouco acrescentou.

Na Barra, Rio de Janeiro, na região do Shopping Down Town, moradores foram surpreendidos por uma sonora vaia que irrompeu tão logo Dilma começou a discursar.

Alguns foram para janelas e sacadas interessados em saber o que se passava.

E de lá viram dezenas de seus vizinhos em janelas e sacadas vaiando, gritando "Fora, Dilma", apagando e acendendo as luzes de seus apartamentos. .

Um desses moradores teve o cuidado de gravar o que ouviu.

Fonte: O Globo

Um comentário:

Unknown disse...

ESTOU DECEPCIONADO COM A DILMA!! IMPORTAR MÉDICOS DESPREPARADOS PARA O BRASIL SEM SEQUER TER UMA PROVA DE AVALIAÇÃO, SERÁ UMA CATÁSTROFE!!!
O Problema não é importar médicos. É anular o revalida!! Qualquer médico de fora pode e sempre pôde atuar no Brasil. Mas para isso tem que fazer uma prova chamada REVALIDA.

É um absurdo trazer médicos de fora sem sequer ter uma prova para avaliá-los. Nos Estados unidos, por exemplo, para um médico estrangeiro começar a atuar, são feitos um conjunto de exames chamado USMLE – United States Medical Licensing Examination.

O USMLE é dividido em 3 etapas, e é o seu desempenho no conjunto delas que provará às autoridades norte-americanas que está preparado para ser um médico, capaz de colocar em prática todo o conhecimento e os conceitos básicos da profissão de maneira ética.

A primeira etapa consiste em uma prova teórica de 322 questões, com 8 horas de duração, que é realizada pela internet. A maioria dos estudantes americanos a prestam ao final no segundo ano de faculdade, pois ela testa se o médico conhece os princípios da ciência básicos para a prática da medicina e é capaz de executá-los em teoria.

A segunda etapa é dividida em dois passos: o primeiro passo é chamado de 2CK e consiste em outra prova teórica, desta vez composta por 352 questões de múltipla escolha que devem ser realizadas em uma duração de até 9 horas. É um desafio maior do que a primeira etapa, pois determina se o médico tem o conhecimento essencial para prestar assistência aos pacientes, e apresenta questões complexas, com assuntos distintos apresentados aleatoriamente. Ou seja, você tem que ser capaz de mudar ‘dá água para o vinho’ sem perder a linha de raciocínio nem gastar tempo demais. Para piorar, a prova é cheia de ‘pegadinhas, pois algumas questões apresentam mais de uma alternativa correta, só que apenas uma das respostas é considerada a ideal.

O segundo passo, chamado 2 CS, consiste em 8 horas de teste ao vivo que simula um dia típico em uma clínica ou um hospital norte-americano. Ou seja, você atenderá pacientes fictícios (atores treinados) e precisará provar que é capaz de se comunicar com eles com clareza e de maneira profissional, além de analisar os casos que lhe forem apresentados, requisitar os exames corretos, informá-los sobre qualquer diagnóstico, responder suas perguntas...

Por fim, a terceira etapa é um teste de 500 questões realizado em até dois dias de duração, que mistura todos os conhecimentos que um médico deve ter em uma complexidade ainda maior do que as provas anteriores.

Já deu para perceber que não se trata de um processo simples. Some a isso o fato de todo o exame acontecer em inglês, dificultando o entendimento de expressões e nomenclaturas da medicina para quem não é nativo na língua e estudou as mesmas em português. Por isso, é certeza que não dá para encarar uma prova desta sem se preparar antes. No brasil a vinda de médicos sem sequer uma filtragem para seleção desdes profissionais, será um desastre!! Ou será que a Dilma acha que só virão grandes especialistas para cá? Só virão tranqueiras!!!