Para o presidente do PSDB, o "oportunismo" petista ameaça a segurança dos filiados ao incentivar a ida deles às ruas
BRASÍLIA - O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), divulgou nota ontem em que acusa o PT de tentar se apropriar das manifestações que ocorrem no país, numa prática de "oportunismo" em meio à insatisfação da população brasileira.
Na nota, o tucano diz que a postura do partido da presidente Dilma Rousseff pode colocar em risco inclusive a segurança dos filiados ao incentivar que saiam as ruas com bandeiras e símbolos da sigla.
"Trata-se de decisão irresponsável que desrespeita o sentido apartidário dos protestos, colocando em risco, inclusive, a segurança dos próprios militantes, alguns deles hostilizados ontem (anteontem) em várias partes do país", afirmou Aécio, ao se referir ao apelo do presidente do PT, Rui Falcão, para que os petistas vestissem vermelho, colocassem símbolos da sigla e fossem às ruas.
O senador também cobrou, da presidente Dilma Rousseff um pronunciamento à nação para comentar os protestos que mobilizaram mais um milhão de pessoas esta semana. A presidente falou ontem à noite, em rede nacional.
Apesar de tentar vincular o PT aos protestos, o tucano reconhece que todos os agentes políticos precisam de "humildade" neste momento para reconhecer e compreender a dimensão da insatisfação existente hoje no Brasil.
"É importante que nós, agentes políticos, tenhamos humildade para reconhecer e compreender a dimensão da insatisfação existente hoje no Brasil e que ultrapassa o plano das reivindicações pontuais.", declarou o senador.
"Há um evidente e justo clamor que une a sociedade por mudanças estruturais na gestão do setor público e é inevitável ver, na raiz dessa insatisfação, uma aguda crítica à corrupção e à impunidade que persistem na base do sistema político, impedindo transformações e agredindo diariamente os brasileiros", diz o tucano, na nota.
Os petistas se articularam, nas redes sociais, para que a militância saísse com bandeiras vermelhas e gritos de apoio à presidente Dilma e ao partido - numa tentativa de reduzir os desgastes dos protestos à imagem do governo.
Fonte: Jornal do Commercio (PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário