Dirigentes do PT foram surpreendidos com a decisão da presidente Dilma Rousseff de não comparecer à reunião do Diretório Nacional do partido, hoje, em Brasília. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu qualificou de "inaceitável" o comportamento da presidente e disse que ela "faz parte da crise" política atual, mas age como se estivesse fora. Dilma alegou que teve de agendar uma reunião com ministros sobre a visita do papa.
PT insiste que queda de Dilma é só uma fase
Ricardo Della Coletta
BRASÍLIA - O PT voltou a minimizar a queda da presidente Dilma Rousseff na pesquisa Ibope encomendada pelo Estado e divulgada na quinta-feira, enquanto dirigentes do PMDB falam com cautela sobre o cenário, à espera de uma recuperação da popularidade da petista. Apesar de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mostrar mais competitivo que sua sucessora, os petistas seguiram sua orientação e enfatizaram que "Dilma é a candidata".
Dilma teve uma queda de 28 pontos porcentuais na sondagem, passando de 58% (em março) para 30%, A ex-ministra Marina Silva ficou em segundo lugar no cenário estimulado, com 22%, seguida pelo senador tucano Aécio Neves (13%) e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 5%. Em março. Marina tinha 12%, Aécio 9% e Campos 3%.
"Ainda é reflexo das manifestações", disse o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR). "Lula deixou claro mais uma vez que não é candidato e que não há ninguém mais qualificado para comandar o Brasil do que Dilma", escreveu o ex-ministro José Dirceu em seu blog. Líder do PMDB, o deputado Eduardo Cunha (RJ) foi direto: "Precisa avaliar se o cenário vai mudar ou não". Já para os oposicionistas, o cenário é muito favorável: "Aécio e Marina juntos têm 35%", comemorou o deputado Rubens Bueno (PPS-PR).
Fonte: O Estado de S. Paulo
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