Presidente do PPS espera para agosto decisão do TSE sobre fusão com PMN e defende que tucano seja ágil para buscar aliados.
Eduardo Bresciani
BRASÍLIA - O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou ontem que cabe ao ex-governador José Serra (PSDB) arregimentar aliados para viabilizar sua candidatura à Presidência. "Ele não pode ser o liderado. Ele, neste processo, está liderando e, portanto, não pode ser o último a decidir. Acho que essa decisão será tomada em breve, mas o Serra é o Serra e tem o seu próprio tempo de avaliação", disse Freire, enfatizando que o PPS está de portas abertas caso Serra queira se filiar ao partido para disputar.
"O tempo dele não é apenas o legal, mas o tempo político, até porque é preciso que consiga arregimentar aliados", advertiu Roberto Freire.
Nas últimas semanas o PPS retomou as conversas com dirigentes do PMN sobre uma eventual fusão partidária, o que havia sido descartado. A fusão só vai prosperar, admite Freire, se os partidos tiverem a garantia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que políticos que migrarem ao novo partido - que seria batizado de MD, Mobilização Democrática - não estarão sujeitos à perda de mandato.
Roberto Freire acredita que a decisão do TSE pode ser proferida no início de agosto e aí não haveria mais dúvidas sobre o impacto da fusão. Segundo o deputado, a união entre as duas legendas poderá até ocorrer antes caso PPS e PMN decidam conjuntamente que não vale a pena esperar pelo posicionamento da Justiça Eleitoral.
O presidente do PPS afirma que há consenso com políticos do PMN sobre a necessidade de uma união das oposições contra PT, mas com multiplicidade de candidaturas.
O processo de fusão entre PPS e PMN refluiu devido a problemas em negociações nos Estados e à decisão do partido de Freire de só formalizar a união após decisão do TSE sobre fusão de partidos.
Convenção. O PMN fará uma convenção no dia 27 para deliberar sobre a "desistência da fusão com o PPS" que daria origem ao partido MD. Os humores do partido, no entanto, podem mudar se houver uma determinação mais segura de Serra de que pretende disputar.
Outra possibilidade para o tucano seria se filiar ao PSD, partido criado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab. Se isso vier a ocorrer, o cenário político sofrerá nova reviravolta, já que o partido de Kassab ensaia aderir ao projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Um comentário:
É lamentável o PPS adotar uma postura pendular.
Esta postura confirma que o PPS perdeu o seu rumo.
Como é triste para os autênticos pepessistas vivenciarem infantil comportamento.
Acorda Freire !
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