2014 Dirigente petista acusa "manobra" para criar o Rede e diz ser esquisito que alguém que defende uma nova política use jeitinho
SÃO PAULO - O presidente do PT, Rui Falcão, alfinetou ontem a ex-senadora Marina Silva, que tenta fundar a Rede Sustentabilidade para disputar a Presidência da República em 2014. Ele classificou como "jeitinho" o pedido da Rede para que as assinaturas de apoio à criação da legenda fossem validadas pelos cartórios eleitorais sem ter sua veracidade checada. O pleito do partido foi negado na quinta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral."Eu achei muito esquisito (o pedido da Rede). Alguém que defende uma nova política partir para a busca do jeitinho é muito esquisito", disse Falcão, após discursar no lançamento de um curso de pós-graduação em gestão pública promovido pelo PT.
Marina precisa criar seu partido até o dia 5 de outubro se quiser disputar as eleições de 2014 pela Rede. Após as manifestações de junho, ela saltou de 16% para 26% de intenções de voto no Datafolha, e se tornou o principal nome de oposição à presidente Dilma Rousseff.
Falcão não quis comentar a aproximação entre outros dois potenciais adversários de Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE).
O tucano jantou anteontem na casa de Eduardo Campos, no Recife, e disse que os dois poderiam ter palanque duplo em Estados como São Paulo e Minas Gerais, os maiores colégios eleitorais do País. Eles também vêm adotando discursos semelhantes ao criticar alguns temas envolvendo o governo federal, como a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil.
"Tem aliança? Eu vi um jantar", disse Rui Falcão, afirmando que a aproximação dos potenciais candidatos de PSDB e PSB ao Planalto "é assunto para consumo interno deles". "Como eu já disse para você, a minha preocupação é com a reeleição da Dilma. O que os outros estão fazendo é iniciativa deles", completou.
O presidente petista disse não saber se Eduardo Campos, cujo partido integra a base de Dilma, será candidato, nem se o PT entregará os cargos que possui no governo de Pernambuco num eventual rompimento.
Fonte: Jornal do Commercio PE)
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