O emprego vai bem. A abertura de vagas formais em agosto foi 26,5% maior do que no mesmo mês de 2012 e 207,9% acima de julho, confirmando que esse continua sendo um grande trunfo da presidente e da candidata Dilma.
O dólar também deu um alívio. Caiu quase 3% neste mês, refletindo os movimentos do Fed (BC americano) e fazendo gangorra do real. Antes liderando as quedas, a moeda brasileira é uma das campeãs de recuperação.
A percepção geral também melhora e as manifestações de junho são coisas do passado, apesar de as previsões de crescimento continuarem gerando sombras na economia e de a marcha a ré no julgamento do mensalão criar mau humor na política.
Dilma, assim, soma as vantagens do cargo e da reeleição (a caneta e a imensa exposição) ao ambiente que vai se desanuviando, sem grandes tensões e com menos pessimismo.
É cedo, porém, para comemorações do PT e de Dilma, que perdem o PSB, aliado de primeiríssima hora, e jogam fichas na parceria com a iniciativa privada, mas não estão conseguindo animar o mercado com os nevrálgicos e mágicos leilões.
O do pré-sal --tão badalado na eleição de 2010-- frustra e perde a aura com a desistência das gigantes ExxonMobil e Chevron, dos EUA, e BP e BC, britânicas. Das quase 40 empresas esperadas pelo governo e pelo mercado, a maioria evaporou, pulou fora. Apenas 11 resistem.
Já o leilão das rodovias levou uma trombada quando nenhuma empresa apareceu para disputar a BR-262, que passa por Minas e Espírito Santo, ferindo a confiança do governo e obrigando o Ministério dos Transportes e o Planalto a repensarem o formato e os prazos.
E o das ferrovias não está melhor. O TCU coloca pedras e obstáculos no caminho, o governo diz que vai, o mercado diz que não vai.
Assim, o clima melhora para Dilma, mas ainda não é de céu de brigadeiro nem de reeleição garantida. A prioridade é recuperar a confiança.
Fonte: Folha de S. Paulo
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