Na avaliação de tucanos de SP, porém, Aécio pode ser prejudicado
SÃO PAULO - O comando nacional do PSDB avalia que a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva cria um novo palanque de oposição ao governo federal que pode empurrar a disputa eleitoral para o segundo turno. Para os dirigentes da sigla, o fortalecimento do discurso contrário à atual administração deve atrair para o campo oposicionista parcela dos votos dos eleitores indecisos, que, segundo as últimas pesquisas eleitorais, representa 16% do total.
Na avaliação de alguns tucanos paulistas, há a possibilidade, contudo, de a maior parte desses votos migrar para o PSB, em virtude do ineditismo eleitoral da aliança, o que representa uma ameaça para a candidatura do partido. Em ligações a aliados, feitas de Nova York, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, avaliou que a aliança fortalece os palanques oposicionistas e considerou que se tornou irreversível uma candidatura presidencial de Eduardo Campos.
— A relação deles vai ser contraditória, com momentos de cooperação e de competição. Afinal, eles miram o mesmo objetivo. O que une os dois é a necessidade de mudança — avaliou o presidente do PSDB em Minas Gerais, Marcus Pestana, sobre a relação de Campos e Aécio.
Em análise, o Instituto Teotônio Vilela, órgão de formação do PSDB, considerou ontem que a aliança "reforça a tendência de uma eleição a ser definida em dois turnos"
— Nós vamos ter três candidaturas fortes: do PT, do PSB e do PSDB, que tem o apoio de uma parcela muito importante do eleitorado. Vamos ter uma disputa muito equilibrada, mas haverá duas correntes que querem mudança — disse o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira.
Fonte: O Globo
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