Após formalização da aliança PSB-REDE, líderes petistas são mais incisivos no ataque ao governador-presidenciável
Sem meias palavras, o senador Humberto Costa (PT), maior liderança petista local, coloca o projeto presidencial do governador Eduardo Campos no lado da oposição, algo que, segundo argumentou, foi reforçado pelo discurso antipetista da ex-senadora Marina Silva, no ato de filiação ao PSB nacional no último sábado (5), em Brasília. "Se estabeleceu um novo polo de oposição, é (Eduardo) um candidato de oposição ao governo Dilma, ao projeto do PT", disse o senador.
O mesmo fez o deputado federal Pedro Eugenio, presidente estadual do PT, em entrevista à Rádio Folha. "O cenário mudou e reforçou que o governador Eduardo Campos está consolidando o seu afastamento com relação ao PT e ao governo federal", avaliou. Também para ele, o discurso de Marina Silva reforçou a preferência (do PSB) pela oposição ao PT. "Ficou claro um discurso antipetista. O que me pareceu é que essa nova frente, que também inclui o PSDB, tem como objetivo maior evitar que o PT continue governando o País", disse.
Porém, no governo do Estado e na Prefeitura do Recife, os petistas permanecem com cargos. Os detentores dessas pastas - Oscar Barreto (secretário-executivo estadual de Agricultura) e Eduardo Granja (secretário municipal de Habitação) - resistem na tese de que o partido deve continuar na órbita de sustentação das gestões socialistas, decisão referendada pela Executiva Estadual petista há duas semanas. Ambos são ligados ao ex-prefeito João da Costa (PT), que na eleição passada foi acusado de contribuir para o sucesso da candidatura de Geraldo Julio (PSB) a prefeito do Recife.
Depois de acusar o PSB de empreender um campanha de assédio a parlamentares e prefeitos do PT na tentativa de esvaziar o partido para 2014, Humberto colocou que "não tem mais nenhum sentido o PT no governo (do PSB)". "Semana passada, tivemos um ataque violentíssimo, cooptação, tentativa de esvaziar o PT. Depois, com essa aliança política, fica absolutamente claro que Eduardo é candidato", disse. Ele defende que a Executiva se reúna o mais rápido possível para tomar a decisão de entregar os cargos. "Agora, o PT tem que organizar o palanque de Dilma em Pernambuco", frisou. Por sua vez, Pedro Eugênio pontuou que não é o caso de apressar o calendário para tomar posição em "24 horas".
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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