RECIFE — Na primeira visita feita a Pernambuco depois que o PSB entregou os cargos que ocupava no governo federal, a presidente Dilma Rousseff e o governador do estado, Eduardo Campos, trocaram indiretas e afagos em dois atos realizados ontem — na Refinaria Abreu e Lima e no Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Portuário de Suape.
Eduardo foi mais enfático no afago. "Tenho por Vossa Excelência um respeito muito grande, que é uma brasileira honrada, que ajudou na construção do Brasil que temos hoje", disse ele, em discurso, na cerimônia no estaleiro. Já a resposta da presidente Dilma ao elogio, no mesmo ato, teve pouca ênfase e foi protocolar: "Queria cumprimentar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Agradecer a recepção fraterna, o alto nível das relações que sempre pautaram a nossa convivência".
Depois disso, ela não fez mais referências nominais ao governador, mas deu duas declarações simpáticas aos senadores Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB) — este, pré-candidato a governador, que tem feito críticas a Eduardo Campos como as que o governador faz ao governo de Dilma. "Esses senadores de Pernambuco têm sido grandes parceiros do governo federal, para que nós possamos aprovar, no Senado da República, todos os projetos de transformação e de transferência de renda para a população brasileira", declarou a presidente.
No primeiro evento em Pernambuco, na refinaria, Eduardo não teve direito à palavra. A presidente pegou o microfone, falou rapidamente para os trabalhadores reunidos na empresa, depois passou a palavra para a presidente da Petrobras, Maria Graça Foster, e para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Em seguida, sem passar o microfone ao governador, desceu do palanque para, em suas próprias palavras, "dar uns abraços e assinar algumas camisas".
Fonte: Correio Braziliense
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