O trator
Três promessas não cumpridas pela presidente Dilma Rousseff ameaçavam a aprovação do orçamento da União dentro do prazo estipulado pelo vice-presidente Renan Calheiros. Primeiro, o governo não vai liberar as emendas de bancada. Em segundo lugar, não dará mais recursos para atender aos integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Para completar, graças aos acordos que não foram honrados no passado, ninguém confia que o governo fará o orçamento impositivo.
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Diante de tanto entrave, o presidente da CMO, senador Lobão Filho (PMDB-MA), combinou o seguinte: "se não votarem, farei a remessa ao plenário do Congresso por ofício. Como presidente, tenho essa prerrogativa. Daí pra frente, não é mais problema meu", promete. E ele fará mesmo. Na semana passada, Lobão Filho votou todos os relatórios setoriais em 30 minutos. A média da comissão é de 10 horas.
Jango, a prova
A família do ex-presidente João Goulart acredita ter em mãos documentos que comprovam o envolvimento dos regimes ditatoriais do Brasil e da Argentina no assassinato de Jango. Os papéis serão entregues sexta-feira à Comissão da Verdade. São relatórios da Operação Condor e trocas de correspondência entre o Exército Brasileiro e o argentino. Está o maior suspense entre os que tiveram acesso a informação.
Serra, a decisão
Engana-se quem pensa que o anúncio de que José Serra não pleiteará a vaga de candidato a presidente pelo PSDB tenha tirado São Paulo da chapa tucana ao Planalto. O nome mais forte para vice continua sendo o do senador Aloysio Nunes Ferreira e só mudará se o DEM quiser a vaga e apresentar alguém que tenha mais votos numa chapa.
Carreira solo
O PV fará do ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo Eduardo Jorge candidato a presidente da República. O partido se convenceu de que é o melhor caminho para garantir um segundo turno na sucessão presidencial.
Parceria remota
Depois do ato do último fim de semana em Belo Horizonte, o PMDB de Minas Gerais fecha o ano distante do PT e rumando para a candidatura própria ao governo estadual.
Menos um
Está explicado por que a presidente Dilma Rousseff e Lula deram tanta atenção ao PP, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI). É que, feitas as contas, os petistas descobriram que podem perder mais aliados na sucessão presidencial. Agora, é o PDT que ensaia seguir a trilha aberta pelo PSB e buscar novos rumos para a sucessão presidencial em 2014.
O "cara" I/ Depois dos 12 pontos, só em março é que o PSDB fará uma nova grande reunião com seu pré-candidato a presidente e, desta vez, terá a presença de todo o alto comando. Ontem, os paulistas não compareceram para evitar dividir atenções e deixar Aécio como dono absoluto da festa.
O "cara" II/ Na reunião fechada da executiva tucana, a ex-deputada Rita Camata, do Espírito Santo, foi direta: "Se solta! Depois da mensagem do Serra, você tem que deixar de timidez e mostrar que é o cara!"
Ministros em suspense/ Quem tiver a curiosidade de conversar com os ministros sobre reforma ministerial, perceberá que a maioria está torcendo para que a presidente adie tudo para março. Inclusive aqueles que têm dito que querem sair.
Hierarquia/ Os deputados do PMDB só se referem a Lúcio Vieira Lima, como "cardeal" da bancada. Ele é hoje um dos mais próximos do atual líder, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Fonte: Correio Braziliense
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