A contradição
Os petistas não se conformam com algumas sinalizações da presidente Dilma na reforma ministerial. Com seu adiamento, eles querem dobrar a presidente em alguns casos. Não aceitam a preferência de Dilma por Ciro Gomes (PROS) na Saúde. Eles querem que a pasta fique com o PT e recorrem ao ex-presidente Lula pela nomeação do atual secretário-executivo, Mozart Salles.
Na contramão
O candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, prega “meritocracia, profissionalismo na gestão pública e combate ao aparelhamento partidário”. Enquanto isso, o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, enviou projeto à Assembleia goiana dando estabilidade aos funcionários comissionados quando estes completarem 15 anos ininterruptos de serviço público estadual. Ele se elegeu governador em 1998, foi reeleito, depois sucedido pelo seu vice e, em 2010, voltou para o cargo. No mês que vem, seu grupo político completa 15 anos no poder. Se isso virar lei, esses funcionários só poderão ser demitidos, no futuro, com um processo administrativo disciplinar.
“O Aécio Neves não quis partir para o confronto. Isso é uma questão de estilo e de temperamento”
Bruno Araújo
Deputado federal (PSDB-PE), sobre o candidato tucano ter adotado a versão mais light do Documento dos 12 pontos, desprezando a primeira versão que fazia críticas contundentes à presidente Dilma e aos governos do PT
Exclusividade
A articulação política da reeleição da presidente Dilma vai perder um de seus principais atores caso o ministro Aloizio Mercadante (Educação) seja transferido para a Casa Civil. Quem for para esta função tem tarefa única: cuidar do governo.
O recado
Numa conversa com os ministros Luiz Fux (foto) e Gilmar Mendes, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), avisou que vai anular qualquer decisão do STF ou do TSE que proíba a doação de empresas às campanhas. E lembrou ter revogado decisão do TSE que mudava o número de vagas para deputado federal dos estados.
Mudança polêmica
No STF, o ministro Teori Zavascki segurou o julgamento de ação pela proibição das doações eleitorais pelas empresas. No TSE, coube ao ministro Gilmar Mendes tirar o tema de pauta. A maioria do Congresso é contra a proibição.
Memória curta
Ele deixou o governo de Brasília engolfado pelo então chamado mensalão do DEM. Mas agora o ex-governador José Roberto Arruda (PR) lidera pesquisa feita sob encomenda para tucanos e empresários. Ele só não está na ponta no cenário com outro ex-governador: Joaquim Roriz. Em segundo está o governador Agnelo Queiroz (PT).
Será possível?
A despeito de eventuais cotoveladas, o PT quer manter boa vizinhança com o candidato do PSB, Eduardo Campos. Os petistas querem o apoio dos eleitores do socialista num segundo turno.
Guerra de pesquisas
O PMDB e o PT travam batalha para convencer Lula qual o candidato viável para o governo do Rio. O ex-presidente quer um só candidato, pois a divisão favorece o deputado Garotinho (PR).
O ex-prefeito de Niterói Godofredo Pinto avalia convite do ministro Marcelo Crivella (Pesca) para formular o programa de governo para o Rio.
Fonte: O Globo
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