No Twitter, presidente lista medidas anunciadas e compara ações às que foram tomadas em outros estados que viveram momentos similares
BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio e nesta sexta-feira comentou pela primeira vez a onda de violência no Maranhão. Pelo Twitter, a presidente listou as medidas que estão sendo tomadas para conter os conflitos envolvendo a população carcerária no Estado, onde foram registradas 60 mortes de detentos, em especial no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A presidente citou, por exemplo, o envio da Força Nacional ao estado, além das ações anunciadas ontem pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
“Tenho acompanhado com atenção a questão da segurança no Maranhão. Em dezembro determinei o envio da Força Nacional para apoiar as ações de segurança do governo do Maranhão”, disse Dilma pelo Twitter.
A presidente também elencou as medidas definidas ontem em reunião entre Cardozo e a governadora do estado, Roseana Sarney.
Dilma citou que outros estados também tiveram problemas de segurança pública similares aos que estão acontecendo no Maranhão atualmente. Em uma das publicações, a presidente destacou que as medidas anunciadas por Cardozo e Roseana “são similares àquelas encaminhadas nos casos de SP, RJ, SC, AL, PR, por exemplo”.
“O Ministério da Justiça ofereceu vagas em presídios federais para transferência de presos do Maranhão. O ministério apoia mutirão de defensores públicos para análise da situação dos presos. Também aumentará efetivo da Força Nacional no MA”, tuitou Dilma.
“Ontem, a governadora Roseana Sarney anunciou criação de comitê gestor integrado, coordenado pelo governo do Estado. O comitê, coordenado pelo Governo do Estado, envolve os poderes e Ministério Público maranhenses, além do Ministério da Justiça para ações nos presídios do MA”, disse a presidente.
Cardozo participou de reunião na manhã de ontem com a presidente Dilma, no Palácio da Alvorada, e partiu para o Maranhão, onde participou de reunião com a governadora Roseana Sarney.
Em sua primeira aparição pública em entrevista depois que criminosos atearam fogo em ônibus, causando a morte de uma menina de seis anos, a governadora disse que foi pega de surpresa pelas atrocidades e fez uma análise curiosa para justificar o aumento da violência no estado e nos presídios: para ela, isso vem ocorrendo porque o Estado, um dos mais pobres do país, está ficando rico.
Roseana e Cardozo fizeram questão de lembrar que outros estados, como Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Alagoas e Rio Grande do Sul também enfrentaram uma onda de violência comandada por detentos e que o governo federal ajudou os outros governadores, tema que foi relembrado por Dilma hoje, nas publicações no Twitter.
Entre as ações anunciadas ontem no Maranhão está prevista a criação de um comitê de gestão, comandado por Roseana; mutirão da Defensoria Pública para ver os presos que podem deixar os cárceres; interligação do sistema de inteligência; criação de um núcleo de atendimento prisional, melhoramento no atendimento à saúde; capacitação de policiais e implantação de alternativas penais e monitoramento eletrônico.
Fonte: O Globo
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