Ricardo Della Coletta, Daiene Cardoso e Débora Álvares
BRASÍLIA - O desempenho da economia no ano passado, que surpreendeu positivamente o mercado financeiro e a equipe econômica do governo, foi recebido com críticas pelos principais pré-candidatos ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, destacou que o resultado mostra o crescimento brasileiro como o "menor entre as principais economias emergentes". Já o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), considerou "medíocre" o avanço de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo Aécio Neves, o índice "não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento da economia brasileira". "Ao contrário do que acusa o governo, os analistas sempre foram menos pessimistas do que os fatos", afirmou o tucano. O senador mineiro argumenta ainda no texto que o desempenho da indústria no período "mal compensou" a queda do PIB industrial em 2012. "O quadro geral é de estabilidade, em um patamar muito aquém do que o país poderia e deveria estar", acrescentou.
Aécio Neves disse que o potencial de crescimento da economia foi reduzido e que isso "não pode ser mais terceirizado e debitado na conta da crise internacional". "Representa queda estrutural do potencial de nossa economia em produzir um futuro melhor para os brasileiros, em função dos erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos."
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, usou as redes sociais para criticar o desempenho da economia. "O IBGE acaba de divulgar o medíocre PIB de 2013. Não adianta vir com o velho truque de selecionar outros países mal das pernas e dizer que estão piores do que nós. O povo brasileiro merece coisa melhor", escreveu, em sua página no Facebook.
O presidenciável disse que falta "trabalho duro". "O Brasil não precisa de governantes dedicados unicamente a explicar por que estamos mal. Precisa de um governo que jogue limpo, que seja transparente, que trabalhe duro para fazer o Brasil crescer de verdade, para ressuscitar nossa indústria, para reanimar nossas exportações, para defender nossa economia, que é a base da nossa soberania nacional", acrescentou.
"O Brasil precisa parar de festejar a mediocridade, precisa parar de pensar pequeno. Nossa vocação é pensar grande, é trabalhar para que os grandes sonhos e projetos do povo brasileiro virem realidade", finalizou.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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