O apoio do PPS não deve garantir palanques estaduais para o candidato do PSB à Presidência, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. O partido enfrenta divisões internas em Estados como São Paulo e é vinculado ao candidato tucano à Presidência, o senador Aécio Neves, em Minas Gerais.
A posição da bancada é de permanecer apoiando a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Eduardo Campos ainda tem uma base frágil em São Paulo, é pouco conhecido e conta com tempo escasso na televisão. Ele ganha mais espaço para influenciar em São Paulo se vinculando a quem tem 40% de intenções de voto do que lançando uma candidatura própria local só para acumular forças no futuro", disse o deputado federal Arnaldo Jardim (SP), integrante da executiva nacional.
Jardim participava da reunião do diretório nacional do PPS que formalizou o apoio a Campos. A seu lado, o vereador paulistano Ricardo Young defendia a formação de uma frente reunindo o PPS, o PSB e o PV. "O importante é gerar uma alternativa que não aliene o eleitor jovem. Alckmin representa o que existe de mais conservador na política paulista", afirmou Young, um empresário do setor de educação que entrou na política em 2010, apoiando a candidatura presidencial derrotada da ex-senadora Marina Silva (PSB).
No evento, a deputada estadual mineira Luzia Ferreira dirigiu a palavra a Eduardo Campos e avisou: "em Minas Gerais temos outro candidato de oposição à Presidência", em uma referência a Aécio. Em seguida, a parlamentar perguntou se já existia algum compromisso entre Campos e Aécio para apoio mútuo no segundo turno. Campos foi evasivo. Destacou que mantém boa relação com Aécio, mas que jamais apoiaram os mesmos candidatos nos últimos 30 anos.
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, procurou minimizar a pouca convergência dos dois partidos no plano regional. "Não é o local que vai determinar a política nacional. Não existe candidatura a presidente que se construa a partir dos Estados. Onde os impasses não forem superados, devemos ter capacidade de não torná-los obstáculos para a eleição presidencial", disse.
"A nossa pauta não pode ser a dos palanques regionais, mas sim discutir crescimento, balança comercial, inflação e o esvaziamento da indústria ", confirmou Campos.
Fonte: Valor Econômico
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