• Presidente e comando da campanha não foram avisados sobre articulação do PMDB
Fernanda Krakovics e Germano Oliveira
BRASÍLIA E SÃO PAULO — Apesar de mais um revés no Rio, com a perda de espaço para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto e a direção nacional do PT tentaram minimizar o problema, dando um caráter regional à aliança formal do PMDB com os tucanos no estado. A presidente Dilma Rousseff e o comando de sua campanha à reeleição não foram comunicados previamente da entrada do vereador Cesar Maia (DEM) na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Embora o entorno de Dilma ainda se escore na promessa de Pezão, do ex-governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes de que farão campanha para ela, há quem ache que, na prática, isso não vai acontecer:
- Eu duvido. Depois dessa aí, já era. É um casamento em que os dois moram juntos, mas não têm mais nada a ver. Acabou o clima - disse o deputado federal Edson Santos (PT-RJ).
O vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT), disse que parte do PMDB fluminense está com Dilma.
- A começar pelo prefeito Eduardo Paes, temos do nosso lado muitos prefeitos do PMDB do Estado do Rio, como o prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso - disse Adilson Pires, que preferiu não "bater" na aliança anunciada pelo governador Pezão com Cesar Maia.
Para Alberto Cantalice, vice-presidente nacional do PT e ex-presidente do partido no Rio, o fato de o governador Pezão viabilizar palanque de Aécio no Rio, "faz parte do pragmatismo da política", mas lembrou que Dilma vai contar com o apoio de vários prefeitos peemedebistas, independentemente da orientação de Pezão.
- É no mínimo estranha essa aliança de adversários históricos no Rio, mas o importante disso tudo é que o prefeito do Rio, Eduardo Paes, continuará apoiando Dilma - disse Cantalice.
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