Fernando Taquari – Valor Econômico
SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), acusou ontem o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) de querer acabar com o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), instituído na Constituinte de 1988.
O tucano criticou um suposto projeto de lei do governo federal para substituir o FAT, que seria renomeado de Fundo Nacional do Trabalho (FNT). De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", a mudança tem como objetivo estancar o déficit bilionário registrado pelo fundo com a queda de arrecadação e o aumento das despesas.
"Há um movimento do governo, uma preparação avançado para que se acabe com o FAT. Eu fui constituinte em 1988 e essa foi uma das grandes conquistas da Constituinte", afirmou o tucano na chegada à sede da Força Sindical, na capital paulista, onde acompanhou o jogo entre a seleção brasileira e Camarões.
O governo, conforme a reportagem, pretende criar o Sistema Único de Trabalho (SUT) para fiscalizar práticas de trabalho e elaborar políticas públicas de emprego. O FNT seria o braço financeiro do SUT. "Essa proposta do governo de criação de um sistema único de trabalho tira a participação dos trabalhadores e até dos empresários na definição da destinação desses recursos do FAT", afirmou Aécio, classificando a medida de autoritária.
"Não houve a devida discussão. Grave. Já orientei minha bancada para ser opor a mais esse ato autoritário do governo".
Antes do início do jogo, o tucano foi questionado sobre qual seria o resultado da partida. Cauteloso, evitou dar um palpite, lembrando que no jogo anterior da seleção contra o México errou o placar. Mas manifestou confiança na vitória. "Vamos ganhar, sair em primeiro [do grupo]." Acertou. A vitória por 4 a 1 garantiu ao Brasil o primeiro lugar na chave A.
Nenhum comentário:
Postar um comentário