• Candidato tucano afirmou que novas coligações trazem ‘conforto’ na disputa pelo terceiro maior colégio eleitoral do país
Silvia Amorim – O Globo
SÃO PAULO — Candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves declarou nesta segunda ter o palanque ‘mais sólido e forte’ no estado do Rio. A declaração foi uma resposta ao apoio formalizado na manhã de hoje entre o PSDB e DEM no Rio, em que o governador do PMDB Luiz Fernando Pezão admitiu, pela primeira vez, abrir palanque para o senador mineiro. Para Aécio, a aliança com o PMDB no terceiro maior colégio eleitoral do país traz “conforto” e faz dele o presidenciável com o “palanque mais forte do Rio de Janeiro”.
— Dá conforto às forças políticas que já haviam manifestado apoio à nossa candidatura e, sem dúvida, teremos o mais sólido e forte palanque do Rio de Janeiro — disse o candidato, que assistiu ao jogo entre Brasil e Camarões na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ao lado do coordenador da campanha tucana no estado, Alberto Goldman, e do deputado Paulo Pereira da Silva.
O tucano explicou a aliança fluminense como uma reação aos movimentos feitos pelo PT no Rio, referindo-se ao apoio do PSB à candidatura do senador petista Lindbergh Farias na sucessão estadual. Com a patrocínio de Aécio, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), adversário político do PMDB, retirou sua candidatura ao governo e será candidato ao Senado na chapa de Pezão.
— Houve uma movimentação no outro campo político. Então houve uma reação natural de fortalecimento dos partidos que nos apoiam. Há sim uma naturalidade grande (nesta aliança). Temos hoje mais de dez partidos, mil candidatos a deputados e 70% dos prefeitos apoiando a nossa candidatura — reforçou.
Aécio, entretanto, evitou polemizar o comentário do prefeito Eduardo Paes (PMDB) feita nesta domingo, que classificou a coligação como “bacanal eleitoral”.
— Essa adjetivação eu não entro nela — restringiu-se a dizer.
Assim que chegou ao sindicato, o tucano fez um comentário sobre a proposta do governo de criação do Sistema Único de Trabalho. Ele considerou uma decisão autoritária e afirmou que faltou discussão sobre o tema. O PSDB nacional divulgou nota à imprensa para criticar a medida.
— Essa proposta tira a participação dos trabalhadores e até dos empresários na definição da destinação dos recursos do FAT (Fundo de Apoio ao Trabalhador). É mais uma decisão autoritária do governo sem consulta aos trabalhadores que retira uma de suas mais importantes conquistas.
O tucano destacou a sua trajetória como deputado Constituinte, quando da criação do FAT, e afirmou que o PSDB foi orientado a fazer oposição ao projeto na Câmara e no Senado.
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