- Correio Braziliense
As emendas na marcação
Os levantamentos do Planalto indicam que os parlamentares não têm muito do que reclamar em termos de liberação de emendas ao Orçamento deste ano. Até a data-limite, 30 de junho, foram empenhados 74% das emendas individuais de deputados e senadores à Lei Orçamentária. O que ficou de fora foram aqueles com problemas técnicos, falta de documentação das prefeituras. A maior dúvida, entretanto, é, se feitos os empenhos, ou seja, separado o dinheiro, o pagamento pode ser efetuado ao longo do período eleitoral. Pelo sim, pelo não, a área econômica deu uma segurada nesses pagamentos. E é aí que mora hoje a principal reclamação da base.
Divórcio da bola I
Desde o jogo Brasil x Chile, o governo tratava de separar a imagem da presidente (e do PAC da Copa) do sucesso ou do insucesso da Seleção dos gramados, conforme publicado nesta coluna no último sábado na nota "preparar para descolar". Agora, a entrega da taça ao capitão de outra seleção, seja Philipp Lahm, da Alemanha; ou Lionel Messi, da Argentina, será, na avaliação dos governistas, a consagração desse discurso de que tudo funcionou direitinho, exceto o futebol brasileiro.
Divórcio da bola II
Entre os principais aliados da presidente Dilma Rousseff, houve quem citasse as constantes desavenças entre ela e o número um da CBF, José Maria Marin. Eles fizeram as pazes no ano passado, quando começaram as inaugurações das arenas pelo Brasil afora.
Jogada perigosa
A avaliação da maioria dos políticos é a de que quem tentar tirar algum proveito político da derrota do Brasil corre risco de amargar a limonada do próprio copo. Da parte do PSB, a ordem ontem era "muita calma nessa hora". O PSDB, por exemplo, apesar da nota do Instituto Teotônio Vilela (ITV) vinculando o resultado à política, quer ver a discussão da eleição na plataforma econômica e em temas como o "apagão de gestão" do setor elétrico.
Ponteiros petistas
O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, se reuniu ontem com o presidente do PT, Rui Falcão. Tudo para pegar o mapa dos estados mais complicados e mirar onde o governo precisará tomar cuidado na hora de nomear relatores de projetos importantes.
Cozinhando o PR
No que se refere ao novo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a presidente Dilma Rousseff continua em suspense. Nada mudou. E o Partido da República, diante dos prazos, não teve saída. Registrou a ata da convenção como integrante da campanha de Dilma à reeleição e aguarda o Dnit. O general Jorge Fraxe, está fora, mas, por enquanto, é apenas licença-médica. E não vai ser agora, nesse estressante fim de Copa do Mundo, que a presidente mexerá no time.
Sessão fantasma/ O presidente da Comissão Mista de Orçamento, Devanir Ribeiro (foto), passou o início da tarde no telefone em busca dos integrantes do colegiado para tentar votar o parecer preliminar da LDO. Em meio à ressaca, os que boicotaram a sessão propositalmente terminaram misturados àqueles que preferiram as campanhas ou simplesmente ficaram enlutados. "Como você não vem?!!! Precisamos de quórum!!!", reclamava com um colega ao telefone.
Promessa de político/ Em sua meteórica passagem por Brasília, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), brincou com os parlamentares russos que foram visitar a Casa ontem: "irei à Copa da Rússia esperando um resultado melhor para nossas seleções", disse ele. Em tempo: Henrique dificilmente cumprirá essa promessa. Afinal, se for governador do Rio Grande do Norte (ele é candidato) ou mesmo parlamentar, vai ficar muito feio largar o serviço aqui para assistir à Copa do Mundo na Rússia.
Quarta de cinzas/ Diante do pior resultado da Seleção Brasileira na terça de lágrimas, até os candidatos evitaram "oba-oba" ontem. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), por exemplo, cancelou a agenda de rua e passou o dia no Congresso.
Enquanto isso, na casa da Coca-Cola.../ Antes da agenda da presidente Dilma, o turco Muhtar Kent, presidente mundial da Coca-Cola Company, aproveitou a estada em Brasília para degustar um menu inspirado num país que saiu bem cedo do Mundial, a Itália. Ravioli Sorrento, com queijo meia cura, ao molho de tomate e muçarela de búfala. Depois, um filé à Chateaubriand, pimenta verde e risoto de funghi porcini. Mas, para beber, nada de cola-cola. Diante das iguarias do chef napolitano Rosario, só mesmo legítimos vinhos da Toscana e do Piemonte.
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