- Correio Braziliense
Os trabalhos de Michel
Ao reassumir hoje o comando do PMDB, o vice-presidente Michel Temer tentará arrefecer o ânimo oposicionista em alguns estados, especialmente, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde uma campanha pró-Dilma por parte do PMDB ajuda a conquistar votos além daquilo que o PT pode cabalar. O Rio de Janeiro, entretanto, é considerado caso perdido. Ali, os peemedebistas tratam das possibilidades de Michel como a piada que marca o convite dos cariocas para visitas cariocas, ou seja, o velho "passa lá em casa", mas não dá o endereço.
Enquanto isso, no Piauí...
Ao mesmo tempo que Michel deseja mostrar serviço engajando seu partido na campanha, há petistas interessados em ver o PMDB longe de Dilma. O senador Wellington Dias (PT-PI), candidato ao governo, comemorava ontem a perspectiva de ter a presidente exclusivamente em sua propaganda. "O PMDB lá já declarou apoio ao Aécio. Então, liberou a Dilma para o meu palanque."
Olho no TCU
Os governistas querem ficar de olho nos votos da ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes. A ideia é juntar material para ver se é possível pedir a suspensão dela, em caso de votos muitos duros contra o governo. Tudo porque a ministra é mãe do candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos.
Virada eleitoral
O senador Aécio Neves planeja um programa de tevê diferente para exibir em São Paulo, de forma a voltar sua propaganda para os temas que interessem ao eleitor do estado, onde ele planeja fechar a conta para chegar ao Planalto. Ali, como na Virada Cultural, a ordem do PSDB é buscar votos 24 horas.
Hora dos negócios
Não é o show de Paulinho da Viola para marcar os 40 anos da retomada das relações bilaterais Brasil-China que mais interessa aos convidados nessa visita a Brasília. O que eles desejam mesmo é o ingresso de novos produtos de tecnologia chinesa no mercado brasileiro. Uma das grandes apostas é o Baidú, uma espécie de Google chinês.
Se brincar...
O governo se assustou com o placar da votação que deu urgência ao projeto contra o decreto presidencial dos conselhos consultivos. Com 294 votos, num período de campanha eleitoral, isso quer dizer que qualquer proposta mais polêmica passará sem grandes dificuldades. "Esse resultado é pior que os 7 x 1 da Alemanha", afirmou o deputado Miro Texeira (PROS-RJ).
Silhueta eleitoral/ A senadora Kátia ABreu (PMDB-TO) tomava café na sala ao lado do plenário quando, de repente, passa o senador Sérgio Petecão: "Nossa emagreceu, senador! Está de dieta?" Petecão enrubesceu: "Nada. É pressão do PT lá no estado!" Petecão apoia o candidato do PSDB.
Sem debate/ A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) marcou para 7 de agosto o encontro com os candidatos a presidente da República. Somente três foram convidados a expor suas propostas: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Cada um fará a sua exposição separadamente.
A aposta de Gleisi/ Candidata ao governo do Paraná, onde Dilma Rousseff perdeu em 2010, a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann (foto) fará toda a sua campanha colada na imagem da antiga chefe. "Todo o meu material de campanha será em conjunto com ela. Nada separado", diz.
Vai ferver/ Gleisi não se licenciará do mandato para fazer campanha. A ideia é que ajude, na tribuna do Senado, a defender o governo, uma vez que o candidato a vice-presidente pelo PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), também não se afastará do parlamento. Os embates, entretanto, devem se restringir as semanas de esforço concentrado.
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