• Candidato do PSB diz que o escândalo ocorrido no governo Lula é um "horror" tanto quanto votação que permitiu segundo mandato
Isadora Peron, Ana Fernandes e Elizabeth Lopes - O Estado de S. Paulo
O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, comparou nesta terça feira, 15, o escândalo do mensalão do governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva ao da compra de votos para a reeleição no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Acho os dois casos um horror", disse Campos, durante sabatina organizada pelo jornal Folha de S. Paulo, pelo portal UOL, pela rádio Jovem Pan e pelo SBT.
Campos era ministro do governo Lula quando o esquema do mensalão foi revelado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB), em junho de 2005. Um mês depois, voltou à Câmara dos Deputados para defender o governo das acusações da oposição.
O candidato disse que sempre defendeu a apuração do caso e fez questão de ressaltar que não fazia parte do grupo político do ex-ministro José Dirceu, então chefe da Casa Civil, condenado pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão. "Depois que a Suprema Corte do País julgou que houve crime, não tem mais o que ficar discutindo."
Questionado sobre sua boa relação com Lula, o candidato fez questão de diferenciar o embate neste pleito, dizendo que sua adversária é a presidente Dilma Rousseff. E criticou a gestão da petista, dizendo que ela fez uma gestão pior do que seu antecessor. "O País quer mudar e vai tirar Dilma (da Presidência)."
Campos disse disse estar "tranquilo" com a posição de sua campanha nas pesquisas até agora. "Estou tranquilo de que estamos fazendo o que a sociedade espera do nosso campo político", disse. Para o candidato, sua chapa com a ex-ministra Marina Silva na vice é a opção "progressista" nas eleições deste ano.
"O que o Brasil não aguenta mais é essa disputa em dizer que o PSDB não fez nada pelo Brasil e o PSDB dizer que no PT só tem corruptos e que o partido não fez nada pelo Brasil", afirmou Campos. Mas evitou a classificação de "terceira via". "Não somos terceira via, somos a via para tocar o Brasil em frente."
Na entrevista, o candidato repetiu ser contrário à reeleição e favorável a um mandato de cinco anos. Segundo ele, se for eleito, deixaria de se candidatar pela segunda vez. "Não tenho pretensão de ser candidato à reeleição."
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