- O Estado de S. Paulo
Uma sequência de passeatas de protesto – contra o aumento das tarifas de transporte, a má qualidade dos serviços públicos e a corrupção na política – tomou as ruas de São Paulo nos primeiros dias de junho do ano passado. Inspiradas principalmente pelo Movimento Passe Livre, que se insurgia contra o aumento de R$ 3 para R$ 3,20 nas passagens do transporte público, multidões lotaram as ruas da capital, com faixas e palavras de ordem.
Iniciados no dia 6 daquele mês, esses protestos se repetiram nos dias seguintes. A reação violenta da tropa de choque da Polícia Militar na Rua da Consolação, na região central, aos manifestantes que partiram do Teatro Municipal em direção à Avenida Paulista no dia 13, uma quinta-feira, teve efeito contrário ao esperado pelas autoridades: deu mais força ao movimento.
No conflito, além de integrantes do protesto, ficaram feridos jornalistas e repórteres fotográficos que foram atingidos por balas de borracha. A resposta veio na segunda-feira seguinte, dia 17. Concentrada inicialmente no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste, a manifestação teve a adesão de milhares de pessoas até então não envolvidas nos protestos. O fenômeno espalhou-se pelo País. O clima e a situação dos políticos já não eram mais os mesmos.
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