• Tucano disse que fará ‘pacto revigorado’para fortalecer oposição
- Júnia Gama e Maria Lima – O Globo
BRASÍLIA — O evento para marcar a volta de Aécio Neves ao Legislativo, nesta quarta-feira, contou com a presença de integrantes do PSDB e de aliados (DEM, PP, PPS e Solidariedade). Aécio deu uma sinalização de que pretende liderar a oposição contra o governo Dilma Rousseff nos próximos quatro anos e agradeceu o apoio dos representantes de partidos que estiveram ao seu lado no segundo turno.
— Quero fazer um pacto de construção de uma oposição revigorada e, por mais paradoxal que possa parecer, que saiu vitoriosa das urnas — disse Aécio.
Aécio criticou a condução da campanha petista, citando a divulgação de boatos sobre o fim de programas sociais, como o Bolsa Família, e lembrou uma frase da presidente Dilma Rousseff que, no ano passado, afirmou que, durante campanha, poderia fazer "o diabo".
— Disseram que iam fazer o diabo nessas eleições, pelo menos cumpriram o que prometeram. Acho que o diabo se envergonharia de muitas coisas que fizeram nessas eleições. Foi uma campanha da infâmia, da mentira e do uso sem limites da máquina pública - pontuou o tucano.
O senador também destacou que, logo depois de reeleita, Dilma Rousseff tomou as medidas que apontava que Aécio tomaria caso eleito.
— Eles nos acusaram de ser patrocinadores do capital financeiro, diziam que votar no Aécio significava aumentar a taxa de juros e o que aconteceu poucos dias depois das eleições? O aumento da taxa de juros para controlar a inflação que eles disseram que não existia — afirmou Aécio.
O tucano disse ainda que fará "a mais vigorosa oposição" nos próximos anos e afirmou não ter esmorecido com a derrota.
Poucos governadores do PSDB participaram do ato: Teotônio Vilela (Alagoas), Simão Jatene (Pará) e Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul). Nomes de peso do partido, como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governador de Goiás, Marconi Perillo, e os senadores eleitos José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE) e Antonio Anastasia (MG) não compareceram.
Também marcaram presença no ato o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), e o vice-governador eleito de Pernambuco, Raul Henry, do PMDB, além de Pastor Everaldo, do PSC.
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