Inventaremos no verão os gritos
Verberados na carta episcopal.
Somos apenas pássaros aflitos
Que nada informam da questão moral.
Tens os olhos audazes, infinitos,
E eu sinto em mim o deus verde do mal,
De nossas almas nascerão os mitos,
De nossas bocas uma flor de sal.
Deitaremos raízes sobre a praia
A jogar com palavras inexatas
O desespero de se ter um lar.
E quando para nós enfim se esvaia
O demônio das coisas insensatas
Nossa grandeza brilhará no mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário