• Falcão diz que congresso da sigla deve fazer propostas sem ataques
Fernanda Krakovics – O Globo
BRASÍLIA - A direção do PT trabalha para abafar críticas ao governo, principalmente à política econômica, no 5º Congresso do partido, que será realizado de 11 a 13 de junho em Salvador. O foco será a discussão de uma agenda pós-ajuste fiscal.
- Não quero resolução que fique fazendo juízo de valor sobre o governo. Se a gente tem proposta diferente, fazemos propostas e pronto. E vamos continuar apoiando a presidente Dilma - disse ontem o presidente do PT, Rui Falcão.
Ele admitiu que críticas isoladas serão inevitáveis, mas frisou que não devem constar do documento final do 5º Congresso:
- Pode ter uma pessoa que faça (críticas), pode ter uma manifestação na porta - disse.
A do PT quer debater só o futuro da economia, fazendo propostas para retomar o crescimento econômico.
- Partido do governo não critica governo. Temos que defender a agenda pós-ajuste, o que fazer para retomar o crescimento econômico sem adotar um programa ortodoxo, com aumento do desemprego e situações que já sabemos que não resolverão o problema da maioria. Volta a discussão sobre a repartição da renda nacional - disse o deputado Paulo Ferreira (PT-RS), um dos coordenadores da CNB (Construindo um Novo Brasil), ala majoritária do partido.
No 5º Congresso, o PT deve defender a taxação de grandes fortunas e a volta da CPMF, o imposto do cheque, derrubada pelo Congresso no governo Lula.
Falcão propôs que Dilma sancione a flexibilização do fator previdenciário, incluída pelo Congresso no ajuste fiscal.
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